Activistas invadem Museu Britânico em protesto contra patrocínio da BP

Membros de 15 organizações juntaram-se numa plataforma que quer persuadir as grandes instituições culturais britânicas a não renovar os acordos com a petrolífera.

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Os activistas na sua acção no Museu Britânico AFP
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A acção pretende evitar a assinatura de novo acordo de mecenato às artes AFP
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Os chapéus de chuva serviram para escrever as palavras de ordem no Great Court do British Museum AFP
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Os manifestantes cantaram, gritaram palavras de ordem e executaram breves coreografias (flash mobs), tendo tido a colaboração do actor americano Ezra Miller – anunciado intérprete de Flash na próxima adaptação deste clássico da BD –, que se juntou ao movimento.

O objectivo do protesto é conseguir que o Museu Britânico e a Tate não renovem os contratos de patrocínio com a BP, acusada de tentar limpar a sua imagem através do apoio às artes.

“Na semana passada, a Tate Modern instalou painéis solares no telhado”, lembrou a activista Yasmin de Silva ao jornal Evening Standard, acrescentando: “Se o museu reconhece a necessidade de promover energias limpas e renováveis, também deve perceber quão incongruente é estar envolvido a este ponto com uma das mais sujas e controversas empresas petrolíferas do mundo”.

Um representante dos manifestantes, que criaram a plataforma comum Art Not Oil Coalition (traduzível por Coligação Arte Petróleo Não), explicou ao diário The Guardian que escolheram o Museu Britânico para esta acção por ter sido ali que, em 2011, quatro das maiores instituições culturais britânicas – a National Portrait Gallery, a Tate, a Royal Opera House e o próprio museu – assinaram com a BP um contrato de patrocínio para cinco anos no valor de 10 milhões de libras (cerca de 13,6 milhões de euros).

O momento também foi pensado para coincidir com o período em que, acreditam os manifestantes, as administrações destas instituições deverão estar a ponderar uma eventual renovação do acordo com a BP. A Art Not Oil Coalition promete prosseguir a luta, embora os seus representantes se tenham recusado a adiantar quaisquer detalhes sobre futuras iniciativas.  

A reputação da BP ficou seriamente comprometida em 2010, quando uma plataforma petrolífera que a empresa explorava no Golfo do México explodiu, matando 12 trabalhadores e causando aquele que foi, de longe, o maior derrame acidental de petróleo no mar alguma vez registado.

 

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