Este é um dos dados das contas divulgadas por Sporting e Benfica à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), referentes ao exercício encerrado a 30 de Junho último. Os dois emblemas coincidem ainda na apresentação de lucros pelo segundo ano consecutivo, destacando-se os “leões” com um resultado líquido positivo de 19,3 milhões de euros (tinham-se ficado pelos 368 mil euros no período homólogo do ano anterior), contra 7,1 milhões do seu rival da Segunda Circular (14,2 milhões de euros em 2013-14).

O Sporting - que já divulgou na íntegra o seu Relatório e Contas, ao contrário do Benfica que, até ao momento, enviou apenas um curto comunicado à CMVM -, reivindica também o melhor resultado operacional de sempre da sua SAD, com 23,5 milhões de euros. Um resultado que reflecte as transacções com passes de jogadores, que geraram um rendimento líquido de aproximadamente 17,2 milhões de euros (10,9 milhões de euros no exercício anterior).

A participação nas competições da UEFA de 2014-15 (Liga dos Campeões e Liga Europa) rendeu aos “leões” 11,3 milhões de euros, enquanto as verbas referentes à alienação dos direitos televisivos chegou aos 17,339 milhões de euros. Em alta estiveram também as receitas de bilheteira que valeram aos cofres sportinguistas 12,6 milhões de euros, fruto da melhor média de assistências verificada no actual Estádio José Alvalade em partidas da I Liga: 34.986.

Nas contas apresentadas pelo Sporting, verifica-se também uma redução, ainda que residual, nos gastos com o plantel e equipa técnica, que teve um impacto de 20,548 milhões de euros nas contas da SAD (20,656 no período homólogo da época anterior). Uma situação que irá sofrer uma alteração drástica no corrente ano desportivo, face ao investimento assumido no futebol profissional, a começar pelos valores envolvidos na contratação do treinador Jorge Jesus e em alguns dos novos reforços.

A SAD sportinguista congratulou-se ainda por apresentar, “pela primeira vez em largos anos” capitais próprios positivos. O valor patrimonial da sociedade que gera o futebol era a 30 de Junho de 2015 de 7,043 milhões de euros, que contrastam com os 118 milhões de euros negativos em igual período do ano anterior. Uma situação justificada pelos reflexos da fusão por incorporação da Sociedade Património e Marketing, SA (SPM) na SAD, da qual resultou um aumento do capital social de oito milhões de euros; pelo aumento do capital social em mais 20 milhões de euros, face à incorporação de um crédito de igual montante detido pela Holdimo; e pela emissão de VMOC (Valores Mobiliários Obrigatoriamente Convertíveis) em acções num total de 80 milhões de euros.