António Guterres decidirá "a seu tempo" corrida a secretário-geral da ONU
Em entrevista à Renascença, alto comissário para os Refugiados deixa em aberto candidatar-se à sucessão de Ban Ki Moon.
"Sobre essas matérias, a seu tempo se verá o que faz sentido", respondeu o antigo primeiro-ministro, a uma pergunta sobre se mantém a expectativa de uma candidatura a secretário-geral das Nações Unidas, no final do ano.
António Guterres disse que, "nesta fase dramática" de crise migratória na Europa, está empenhado em ser "capaz de fazer o melhor possível" e dar um contributo e "ajudar num mundo em que, infelizmente, o número de pessoas deslocadas pelos conflitos, pelas guerras, pelas perseguições políticas, pela violação dos direitos humanos está em crescimento".
Na sexta-feira, a porta-voz do ACNUR anunciou que António Guterres deixará o cargo no final do ano. "O seu mandato devia terminar em Junho, ele prolongou-o por seis meses", indicou Melissa Flemming à agência France Presse.
António Guterres vai cumprir dez anos e seis meses de mandato à frente do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
A ex-primeira-ministra dinamarquesa Helle Thorning-Schmidt anunciou na sexta-feira a sua intenção de disputar o cargo durante uma conferência de imprensa em Copenhaga com o atual chefe do Governo dinamarquês, Lars Lokke Rasmussen.
A mudança na direção da agência da ONU que gere e coordena a ajuda aos refugiados acontece em plena crise dos migrantes na Europa.