Já mais de 350 mil migrantes entraram na UE pelo Mediterrâneo

A Grécia foi a porta de entrada da maioria dos refugiados, diz a Organização Internacional das Migrações.

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Refugiados sírios à chegada à ilha grega de Kos Yannis Behrakis/REUTERS

É à Grécia que a maioria destas pessoas, sobretudo sírios e afegãos, tem aportado: 220 mil pessoas chegaram às ilhas gregas, seguindo uma rota por terra, que implica apenas uma curta travessia por mar, desde a costa turca, e depois continuaram por um novo caminho por terra, já na Europa, através da Macedónia, a Sérvia, a Hungria, e depois para os países onde desejam pedir asilo – muitos deles, como se tem visto, desejam ir para a Alemanha, ou para a Suécia, os Estados da União Europeia que têm recebido mais refugiados.

À Itália chegaram até agora 115 mil pessoas, segundo a OIM , e aí registaram-se 2535 das 2643 mortes confirmadas até agora. A operação Tritão, que a partir de Maio foi muito reforçada com capacidades de salvamento no mar, diminuiu bastante o número de mortes, mas ainda assim esta parte do Mediterrâneo é muito perigosa. Os migrantes são colocados pelos traficantes em barcos sem condições, por vezes meros  botes de borracha, ou carregados em barcos de pesca, alguns deles fechados no porão, onde sufocam, e de onde não conseguem escapar se a embarcação naufragar.

Mas comparativamente, tentar entrar na União Europeia por Espanha atravessando o Mediterrâneo é também muito perigoso. Segundo a OIM, 2166 migrantes chegaram a Espanha, mas 23 morreram a tentar fazê-lo.

No ano passado, 219 mil migrantes cruzaram o Mediterrâneo e 3150 morreram nessa tentativa, ainda segundo os números da OIM. 

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