Portas diz estar “encantado” por debater com Heloísa Apolónia

CDS e PEV terão duelo televisivo em representação das respectivas coligações, CDU e PaF.

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Paulo Portas: “Nacionalizar é passar para o contribuinte a factura do prejuízo” Pedro Nunes

“Em democracia não se despreza ninguém. Em democracia não se fazem vetos. Faz-se confronto civilizado de ideias e eu disponibilizei-me para todos os debates que as televisões me propuseram”, afirmou Paulo Portas, à margem de uma visita a uma exploração agrícola no concelho da Vidigueira, Beja. “Em nenhum país comunista haveria um debate com os adversários políticos, porque, se houvesse, era o último. Como sabem, ou lhes cortavam a cabeça ou os prendiam. Em democracia trocamos ideias naturalmente, civilizadamente”, sublinhou o vice-primeiro-ministro.

Nas suas declarações aos jornalistas, Portas referia-se ao veto inicial do PS e da CDU (Coligação Democrática Unitária, que junta PCP e Partido Ecologista os Verdes) à participação dos dois líderes da coligação PSD/CDS nos debates televisivos, por considerarem que seria uma dupla representação da aliança à direita e uma desigualdade de tratamento dos outros partidos - no caso da CDU, por as televisões terem previsto a presença do líder do CDS sem que o mesmo acontecesse com o PEV.

Depois da posição inicial dos partidos mais à esquerda (com excepção do BE), a coligação PSD/CDS mostrou abertura a que também estivesse um representante dos Verdes e designou Paulo Portas para o frente-a-frente com o líder dos comunistas Jerónimo de Sousa.

Esta segunda-feira à noite, a CDU, em comunicado, anuncia que será Heloísa Apolónia a representante da coligação de esquerda para enfrentar Paulo Portas e mostrou disponibilidade para participar no debate com todas as forças no dia 22. Um debate que a coligação PSD/ CDS disse que não participaria sem Paulo Portas, mas que o PS continua a rejeitar essa dupla representação. 

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