BE considera "enorme descaramento" discursos do Pontal
Legislativas de Outubro são um virar de página, assegura Pedro Filipe Soares
“Os dois discursos de Passos e Portas têm um enorme descaramento. A maioria parece querer fazer dos portugueses menos do que eles são e achar que eles não têm qualquer memória e que não se lembram das responsabilidades ao longo destes quatro anos”, afirmou o responsável bloquista, em declarações à agência Lusa, numa reação à ‘rentrée’ de sábado à noite da coligação na Festa do Pontal em Quarteira, no Algarve. Para Pedro Filipe Soares, é “um acto de dissimulação” a coligação PSD/CDS falar de estabilidade quando foi a maioria “quem mais instabilidade criou na vida das pessoas”.
“Falar de confiança quando traíram a confiança das pessoas, ao fazer o contrário do que tinham prometido em campanha eleitoral, é a demonstração desse descaramento; e falar em vitória inequívoca da maioria é, de facto, achar que as pessoas passaram um pano quente sobre tudo o que se passou ao longo de quatro anos e que, com certeza, ninguém esquece”, sustentou.
Antecipando que este é o prenúncio de uma derrota da maioria, já que é “um discurso que é repetido para mais quatro anos de austeridade e que não está à altura das necessidades do país”, o líder parlamentar do BE apontou as eleições legislativas de Outubro como “a possibilidade de virar esta página negra”.
“Ao fazer tábua rasa de tudo o que correu mal ao longo destes quatro anos, Passos Coelho fala num futuro baseado nas mesmas políticas. Aliás, esta é a maioria que já tem acordada com o Fundo Monetário Internacional, e na manga, porque não mostra a ninguém, um conjunto de novos cortes para depois das eleições e por isso não merece a confiança para continuar no futuro”, rematou.
O líder do PSD, Pedro Passos Coelho, defendeu no sábado à noite a necessidade de "um resultado politicamente inequívoco nas próximas eleições". Dirigindo-se a "todos os portugueses" e não apenas aos sociais-democratas e independentes próximos dos partidos da coligação PSD/CDS-PP, Passos Coelho falou num resultado que permita “governar para resolver os problemas pessoas e não andar à procura de como é que se resolve os problemas do Governo.