Os destroços terão sido encontrados no distrito de Oktabe, na Papua indonésia, diz a agência Reuters, citando numa fonte da autoridade nacional de buscas e salvamentos, BARSANAS. Segundo os habitantes locais, o avião ter-se-á despenhado nas montanhas. "Estamos a tentar confirmar essa informação", disse o director-geral dos Transportes Aéreos, M. Suprasetyo.

O avião, que transportava 54 pessoas, das quais cinco são tripulantes e outras cinco são crianças, desapareceu dos radares dos controladores aéreos quando efectuava um voo entre duas localidades da província de Papua. 

O desaparecimento foi registado às 15h locais (7h em Portugal continental) e confirmado pela autoridade nacional de buscas e salvamentos, BARSANAS, na rede social Twitter. À Reuters, a mesma instituição disse apenas que o avião “tinha perdido o contacto”, mas não confirmou a queda.

No Twitter, a agência indonésia de buscas e salvamento tinha anunciado que as operações para localizar o avião seriam suspensas até às 6h (hora local) de segunda-feira devido ao cair da noite. Mas entretanto surgiu a notícia que habitantes da zona tinham descoberto a queda do avião-

O avião, que fez o voo inaugural há 27 anos, efectuava a viagem entre Jayapura, localizada no litoral norte da ilha e capital da província de Papua, e Oksibil, uma localidade situada numa região remota no centro da mesma ilha.

O jornal Jakarta Post refere que a aeronave partiu do aeroporto de Sentani, em Jayapura, às 14h22 (hora local), sendo que normalmente o trajecto até Oksibil demora cerca de 55 minutos.

Citado pela AFP, o porta-voz do Ministério dos Transportes, Julius Barata, confirmou a perda de contacto do voo com os controladores aéreos. As condições meteorológicas no terreno são “muito más”, acrescentou, e está “muito escuro e nublado”, o que dificulta as buscas num terreno que é montanhoso.

O director de operações da Trigana, Beni Sumaryanto, disse à agência francesa AFP que o avião entrou em contacto com a torre de controlo de Oksibil 10 minutos antes da hora prevista de aterragem. Na comunicação, a tripulação pedia autorização para descer de altitude. A companhia aérea enviou uma aeronave para o local para procurar o ATR 42-300, mas regressou sem o ter encontrado. 

O transporte aéreo é muito utilizado naquela província, devido à densa floresta que impossibilita o transporte terrestre.

Juntamente com outras 58 transportadoras aéreas indonésias, a Trigana está na lista negra elaborada pela Comissão Europeia de companhias impedidas de operar no espaço da UE. A Trigana figura na lista desde 2007.