Taxa de desemprego com maior queda desde pelo menos 1998

Desemprego cai 1,8 pontos para 11,9%. O valor é mais baixo do que aquele registado em Portugal quando a troika chegou.

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Normalmente, o segundo trimestre do ano é aquele que apresenta variações mais positivas, devido à criação de empregos temporários Rui Farinha

A taxa de desemprego regressa assim, após dois trimestres consecutivos de subidas, a uma tendência decrescente, recuando para níveis inferiores aos registados no momento da chegada da troika e da tomada de posse do actual Governo no segundo trimestre de 2011. Nessa altura, registava-se uma taxa de desemprego de 12,1%.

De acordo com os dados publicados esta quarta-feira pelo Instituto Nacional de Estatística, foram criados em Portugal durante o segundo trimestre de 2015 mais 103,7 mil empregos. No mesmo período, o número de desempregados diminuiu em 92,5 mil pessoas. Se o número de desempregados já é inferior em 38 mil quando comparado com o momento da chegada da troika, o número de empregos continua a ser substancialmente menor, numa diferença de 219 mil.

Os dados do desemprego agora publicados não são ajustados de efeitos sazonais. Normalmente, o segundo trimestre do ano é aquele que apresenta variações mais positivas, devido à criação de empregos temporários que habitualmente ocorre no Verão. É, aliás, por isso que a maior descida da taxa de desemprego, de 16,4% para 10,8%, ocorreu no Algarve. No segundo trimestre de 2013, a taxa de desemprego tinha registado no total do país uma queda de 1,1 pontos percentuais e no mesmo período de 2014 a descida foi de 1,2 pontos.

Quando se analisa a variação dos indicadores do mercado de trabalho face ao mesmo período do ano anterior, a evolução é menos positiva, devido à deterioração registada durante o quarto trimestre de 2014 e o primeiro de 2015. Assim, a taxa de desemprego regista uma diminuição de dois pontos percentuais face ao período homólogo, um ritmo de descida que fica abaixo do registado em 2014, quando a queda estava próxima dos 2,5 pontos.

Face ao período homólogo, o número de empregos criados foi de 66,2 mil e passaram a registar-se menos 108,5 mil desempregados.
 

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