Amazon propõe espaço aéreo exclusivo para drones
Empresa de comércio online sugere corredor para aparelhos não tripulados para garantir eficácia dos serviços de entrega e a segurança aérea.
A proposta foi apresentada nesta terça-feira durante uma convenção da agência espacial norte-americana NASA na Califórnia, EUA. Segundo o The Guardian, Gur Kimchi, vice-presidente e co-fundador do projecto de entrega de encomendas por drones da Amazon, o Prime Air, avançou durante a conferência que fosse criado um corredor para a circulação de drones com cerca de 60 metros de largura.
Para garantir a segurança total, Kimchi sugeriu que entre os 122 e os 152 metros de altitude existisse uma zona que separasse os drones dos aviões civis e militares, que voam acima dessas distâncias, para evitar qualquer risco de colisão.
“A forma como garantimos o máximo de segurança é requerendo que quando o nível de complexidade do espaço aéreo aumenta, também sobe o nível de sofisticação do veículo”, argumentou o responsável da Amazon, citado pelo Guardian. Para que este plano funcione, Kimchi afirma que seria necessária a total colaboração dos envolvidos e que os “veículos possam comunicar entre si e evitarem-se quando o espaço aéreo se torna mais denso a baixas altitudes”.
Através do projecto Prime Air, a Amazon pretende pôr no ar drones altamente sofisticados, seguros e autónomos, à semelhança do que outras empresas estão a fazer, seja também para entrega de pequenas encomendas ou para desenvolver drones destinados a trabalhos de vigilância ou inspecção. A Sony foi das empresas que recentemente anunciou que iria entrar em breve neste mercado, para já, com aparelhos para empresas.
Apesar dos esforços da Amazon, nos Estados Unidos, a primeira entrega feita este mês por um drone que foi aprovada pela Federal Aviation Administration, a Administração Federal da Aviação norte-americana, foi a entrega de medicamentos numa zona rural na Virgínia, onde estava situada uma clínica. O voo foi assegurado por um aparelho da empresa australiana Flirtey, no âmbito de uma parceria com a NASA, a Universidade de Tecnologia da Virgínia e várias organizações de cuidados de saúde.