Votar PS "é o mesmo que entregar a guarda de uma casa a um incendiário", diz Albuquerque
O líder regional do PSD garantiu empenho da Madeira em reeleger Passos, elogiando a forma como a coligação tirou o país da crise
Depois de enumerar os dossiers desbloqueados pelo governo de Passos Coelho, Albuquerque realçou que foi o actual executivo que, tendo encontrado um “Portugal falido”, conseguiu “resgatar” o país da falência,
“Este homem que está aqui [apontou para Passos], pegou em Portugal num estado catastrófico, praticamente falido devido a políticas do governo socialista de má memória e resgatou o país da falência", disse o governante madeirense.
“As pessoas têm de reconhecer quem fez a obra de recuperação do desastre socialista", vincou o líder dos social-democratas madeirenses, sublinhando que não faz sentido entregar o país ao mesmo partido que o levou à falência.
“É a mesma coisa que entregar a guarda de uma casa a um incendiário”, disse Albuquerque, acusando depois a oposição madeirense de “vender ilusões” e de não ter uma estratégia clara para o país.
Numa intervenção, como não podia deixar de ser, para consumo regional, o líder do PSD-Madeira anunciou o compromisso do Governo da República em retomar a ligação marítima de passageiros entre Funchal e Lisboa, destacando os resultados que as boas relações entre os dois executivos trouxeram: o tecto máximo nas passagens aéreas, que entra em vigor já em Setembro; a entrada em vigor do IV Regime da zona franca madeirense, que representa 143 milhões de euros de receita fiscal; o desbloqueamento dos 43 milhões de euros referentes ao Fundo de Coesão e os compromissos de Passos Coelho com o apoio para a construção de um novo hospital na Madeira e a criação de um regime fiscal próprio.
O PSD-Madeira, disse, é um “farol de esperança” para a região, e muitos compromissos assumidos pelo governo estão, embora só tenham passados 100 dias desde que tomou posse, a serem cumpridos.
Tal como Passos Coelho, Albuquerque também apontou o futuro. No final do ano, termina o Programa de Ajustamento Económico e Financeiro (PAEF) a que a Madeira está sujeita desde 2012
“A Madeira era vista como uma região que não cumpria compromissos, não pagava as suas dívidas, mas agora somos a região mais cumpridora do país, vamos sair do PAEF em Dezembro e estamos a cumprir com as nossas obrigações com coragem e galhardia”, vincou naquela que foi a primeira participação como líder do partido na Festa do PSD do Chão da Lagoa.
Oportunidade para apresentar um a um os candidatos do partido pela Madeira à Assembleia da República.“Vão colocar os interesses da região sempre à frente dos do partido", assegurou, elogiando também o trabalho desenvolvido pelos actuais parlamentares sociais-democratas madeirenses em São Bento, que estavam também em palco.
“Quero aqui realçar o trabalho que estes deputados desenvolveram na Assembleia da República, em prol da nossa região”, disse enumerando os nomes de Guilherme Silva, Correia de Jesus, Hugo Velosa e Francisco Gomes.
Antes, foi a vez do presidente da JSD-Madeira discursar. Rómulo Coelho prometeu igualmente um “forcing da jota” para eleger Passos Coelho em Outubro, começando pela vontade de eleger o máximo de deputados pela Madeira. “São eles que vão defender na capital os interesses dos madeirenses e dos porto-santenses”, disse o líder da jota, depois de falar das “conquistas” que o governo de Albuquerque teve nos primeiros meses de governação. “As tarifas aéreas para estudantes e residentes, são uma conquista da social-democracia e de todos os madeirenses e porto-santenses”, destacou, enaltecendo a capacidade de “renovação” que o partido demonstrou na Madeira.
“O PSD soube utilizar os seus melhores quadros para renovar-se, quando todos pensavam que o partido ia implodir”.