Simulador ajuda a sentir como é ter mais dez quilos ou os efeitos de um AVC

Campanha em parceria com a Direcção-Geral da Saúde vai andar pelas praias portuguesas até final de Agosto.

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A obesidade entre os mais novos não está a diminuir em Portugal Adriano Miranda

O projecto, desenvolvido pela empresa Keypoint em parceria com a Direcção-Geral da Saúde (DGS), arrancou nesta segunda-feira na praia da Torre, em Oeiras, e pretende alertar para o facto de que a obesidade é uma doença em si mesma. Até ao final de Agosto o programa vai percorrer 21 praias de todo o país, contando também com o apoio das autarquias.

O Peso da Saúde vai desenvolver-se em tendas montadas para o efeito. As pessoas interessadas podem participar nas três etapas desenhadas. Primeiro submetem-se a uma avaliação corporal com vários parâmetros medidos e em que os técnicos vão explicar o que é um índice de massa corporal e como se define a obesidade.

Depois, os participantes podem ficar a saber, com o índice de massa corporal que têm, quais os riscos em que incorrem em termos de obesidade, nomeadamente a predisposição para doenças como a diabetes e hipertensão. A informação será também dada na forma de um relatório que as pessoas podem guardar. A terceira fase vai socorrer-se de simuladores para que os participantes possam de forma rápida conhecer a sensação de ganhar 10 quilogramas, mas também os efeitos de uma das principais causas de morte em Portugal e que gera também muitos anos sem qualidade de vida: o AVC.

O último relatório Portugal – Alimentação Saudável em números 2014, publicado em Dezembro pela DGS, estima que em Portugal existam um milhão de obesos e 3,5 milhões de pré-obesos e que cada português adulto tem disponíveis por dia, em média, 3963 calorias – quase o dobro do que é aconselhável (entre as 2000 e as 2500 calorias).

Mais recentemente, em Fevereiro, o estudo Tendências na saúde dos jovens e determinantes sociais alertava também que o número de jovens que sofrem de excesso de peso e obesidade não está a diminuir em Portugal. Em 2002, 19% dos rapazes adolescentes portugueses apresentavam excesso de peso ou obesidade. Em 2010, eram 21,34%. Nas raparigas, as taxas oscilaram entre os 13,54% e os 15,87% (respectivamente em 2002 e 2010).

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