Mais de 200 portugueses estão de férias na Tunísia
Agências de viagens estão a contactar clientes que viajaram para o país. Em 2014, 25 mil fizeram férias na Tunísia
No ano passado, 25 mil portugueses escolheram a Tunísia como destino de férias, um dos números mais elevados desde a Primavera Árabe em 2011, que provocou uma queda de turistas no país. Em 2012, por exemplo, apenas 16 mil escolheram a Tunísia como destino de férias quando, em 2010, chegaram a ser 45 mil portugueses. O turismo é muito importante para a economia local e contribui com 15,2% para o Produto Interno Bruto. No ano passado aterraram na Tunísia 6,1 milhões de visitantes, menos 3,2% em comparação com 2013 e as receitas turísticas cresceram 6,4%. O governo tem investido em campanhas de promoção para captar mais turistas e garantir o reforço da segurança.
A escolha de um destino é influenciada por vários factores e Portugal tem beneficiado da instabilidade política da Tunísia ou do Egipto, recebendo visitantes que se desviaram para localizações consideradas mais seguras no Mediterrâneo. Esta tendência foi, aliás, sublinhada em relatórios do Fundo Monetário Internacional, que duvidava da sustentabilidade do turismo português. O crescimento das dormidas nos últimos anos, com números record, deve-se em parte às novas escolhas dos turistas internacionais.
Por cá, ainda é cedo para falar em cancelamentos mas, como nota Alberto Machado, porta-voz da Abreu, o atentado “seguramente que terá impacto”. As promoções de viagens actualmente à venda incluem Djerba como um dos destinos, com preços a partir de 640 euros. Contudo, Alberto Machado sublinha que a Tunísia não está entre os quinze destinos preferidos, ao contrário do que sucede com Marrocos, Cabo Verde ou as ilhas espanholas.
A Organização Mundial de Turismo veio condenar fortemente os atentados e reiterar o seu apoio ao governo da Tunísia “que há muito tem lutado contra estas forças e restaurado a confiança no seu turismo”.