Rui Tavares e Ana Drago encabeçam lista do Livre/Tempo de Avançar em Lisboa

Primeiras eleições primárias para listas de candidatos à Assembleia da República decorreram no fim de semana.

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Ana Drago e Rui Tavares: os mais votados em Lisboa Miguel Manso

Em conferência de imprensa esta quarta-feira, foram anunciados os resultados do sufrágio realizado no passado fim-de-semana e que, segundo a comissão eleitoral, ficou aquém do que era esperado a nível de adesão de votantes.

Das 7850 pessoas que se inscreveram para votar nestas primárias, apenas cerca de duas mil e cem o fizeram, elegendo assim candidatos para todos os círculos eleitorais e existindo paridade no número de listas encabeçadas por mulheres e homens.

Este foi um processo de “excessiva complexidade” pela forma como decorreram as votações [presencialmente, via correio e via email], no entanto revelou-se “inovador” e “galvanizador” referiu Luís Moita, da comissão eleitoral do Livre/Tempo de Avançar, antes de anunciar os cabeças de lista aos vinte e dois círculos eleitorais.

O historiador Rui Tavares e a socióloga Ana Drago encabeçam a lista por Lisboa, a que se junta o economista José Castro Caldas no “pódio”. Pelo círculo do Porto, o advogado Ricardo Sá Fernandes ficou na terceira posição, onde Daniel Mota é o cabeça de lista, seguido de Diana Barbosa. Em Setúbal, a médica Isabel do Carmo será a cabeça de lista e em Coimbra a primeira posição coube ao docente universitário José Reis.

Após a divulgação dos resultados das eleições primárias do Livre/Tempo de Avançar, Rui Tavares e Ana Drago foram a voz para os objectivos do movimento. “Foi um processo entusiasmante e é agora tempo de olhar para o país e falar de política”, referiu Ana Drago, assumindo que esta candidatura cidadã se apresenta para “derrotar a coligação PSD/CDS”.  Pretendem ser uma alternativa para uma plataforma de governação “diferente” que crie “espaços de diálogo e entendimentos” para que se possa responder “aos problemas das vidas das pessoas”.

Ana Drago revelou que o Livre/Tempo de Avançar deseja “entrar no debate político português” e procurando acrescentar “clareza e transparência” nas escolhas que tem que ser feitas no país. “Nós queremos criar emprego, nós queremos sustentar o estado social. São essas a nossas prioridades”, afirmou a candidata a deputada. Na sua opinião, a precariedade é “um cancro que se instalou na sociedade portuguesa”, nomeadamente no que se refere às gerações mais jovens.

“Agora, para podermos dizer aos nossos concidadãos que é tempo de avançar, temos de dizer que é tempo de ganhar”, frisou Rui Tavares, cabeça de lista por Lisboa nas próximas eleições legislativas, que garantiu: "Faremos tudo para repor responsabilidade e consciência no debate português e europeu. Connosco é garantido que a renegociação e a reestruturação da dívida não ficam à porta do Conselho Europeu".

O dirigente do movimento enalteceu também o facto de o Livre/Tempo de Avançar apresentar uma “candidatura inovadora e inclusiva”. Lembrou este dia como um “dia de alegria” pela divulgação dos resultados “de listas de cidadãos” feitas por “cidadãos”, realizadas pela “primeira vez em quarenta anos de democracia em Portugal”. No entanto, para o dirigente do movimento é também “um dia triste” porque o “Governo assinou a venda da TAP”, sublinhando que tudo farão para reverter esta privatização.

“Connosco será denunciada a captura do Estado pelos interesses privados. Será denunciada a cada momento que ela ocorra”, afirma Rui Tavares. E insistiu que com o Livre/Tempo de Avançar haverá na Assembleia da República uma “nova força de mudança” e uma “nova maioria para governar” que dará “garantias” em termos de "justiça, progresso e democracia".

 

 


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