Taxistas londrinos lançam campanha contra a Uber

Cartazes colocados em táxis e reproduzidos em painéis digitais contestam o não pagamento de impostos pela empresa.

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Cartaz criado para a campanha da LTDA contra as políticas da Uber @TheLTDA
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Em táxis ou em outdoors colocados em vários pontos de Londres, os cartazes mostram três figuras que compõem uma conta de somar. Em primeiro lugar surge uma imagem do primeiro-ministro britânico, David Cameron, em seguida, depois de um sinal de mais, uma da vice-presidente sénior para a Política e Estratégia da Uber, Rachel Whetstone. Ambos, além da sua identificação profissional têm a indicação de que são amigos. A soma de Cameron e Whetstone tem como resultado o ministro das Finanças britânico, George Osborne, cuja fotografia tem como comentário zero libras de imposto pagas pela Uber.

O secretário-geral da Licensed Taxi Drivers Association (LTDA), associação que reúne os motoristas de táxi com licença explicou à BBC que os cartazes não são “anti-Uber”. “A campanha foi criada para sublinhar que o braço lobby da Uber, uma empresa de 50 mil milhões de dólares norte-americana, tem os seus tentáculos embrenhados em Whitehall [onde está localizado o centro administrativo e do Governo britânico]”.

Steve McNamara afirma que os contribuintes britânicos estão a “subsidiar a Uber, uma empresa que não paga impostos no Reino Unido, através de créditos fiscais e outros benefícios pagos aos motoristas da Uber que ganham menos que o salário mínimo”.

À BBC, a Uber considerou a campanha “simplesmente incorrecta”. “Pagamos impostos em todos os países onde operamos e seguimos todas as leis fiscais locais e internacionais, incluindo no Reino Unido”, acrescenta a empresa numa nota.

Os cartazes foram colocados, para já, em 250 táxis e em três carrinhas publicitárias que percorrem as ruas da cidade, e estão em exibição em painéis digitais em 25 lugares distintos de Londres.

À semelhança do que se passa no Reino Unido, em Portugal a Uber também enfrenta um braço-de-ferro com os taxistas profissionais. Uma decisão judicial anunciada em Abril último determinou o fim da actividade da Uber em Portugal, incluindo o bloqueio do seu site e da aplicação móvel. Até ao momento, apenas o site foi bloqueado. A aplicação continua activa e os pagamentos dos serviços não sofreram qualquer interferência até aqui.

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