Três milhões para melhorar quartéis de bombeiros

Fundos comunitários poderão ser usados para remover amianto, mas segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses não serão suficientes

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Rui Gaudêncio

“Não tendo, desta vez, a possibilidade de construir novos edifícios, isso permitirá requalificar um número importante de quartéis”, referiu, nas comemorações do 126º aniversário dos Bombeiros Voluntários de Arruda dos Vinhos. Segundo a Liga dos Bombeiros Portugueses, só para retirar e tratar o amianto de todos os quartéis onde ele existe seriam precisos 5,5 milhões.

João Almeida aproveitou a ocasião para garantir que até ao arranque da fase Charlie da campanha de combate a fogos florestais, a 1 de Julho, todas as corporações estarão dotadas de equipamentos de protecção individual adequados aos bombeiros. O secretário de Estado reagia às preocupações manifestadas pelo vice-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lisboa, que lamentou o atraso em todo o processo. “Os equipamentos deviam ter sido entregues em 2013 e 2014 mas só há poucos dias se iniciou a sua entrega e apenas chegaram algumas peças. Outras estão em falta, como as botas”, lamentou o responsável federativo, acrescentando haver dúvidas quanto à qualidade do tecido das calças. “Nos dolmens [casacos] falta o dispositivo que permite resgatar rapidamente os bombeiros em caso de perigo”, acrescentou.

João Almeida garantiu, porém, que 95 por cento das corporações já receberam os respectivos equipamentos de protecção para incêndios florestais. A excepção, explicou, é a Área Metropolitana de Lisboa, onde a aquisição dos equipamentos “teve que ser sujeita a visto do Tribunal de Contas, por ser um valor muito substancial”. Quanto à sua qualidade, segundo o governante dificilmente poderá ser posta em causa, porque o fornecimento obedeceu a um concurso internacional com todos os requisitos e com acompanhamento das estruturas de gestão dos fundos comunitários.

O secretário de Estado anunciou ainda que até ao final do ano vai ser publicado outro aviso para candidaturas a fundos comunitários destinado a apoiar a aquisição de novas viaturas para os corpos de bombeiros. 

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