PSD contra saída da feira da Vandoma das Fontaínhas
Sociais-democratas denunciam falta de fiscalização por parte da Câmara do Porto
O PSD acusa a Câmara do Porto de descurar a fiscalização na feira da Vandoma e sustenta que se a autarquia tivesse feito uma “fiscalização eficaz” à feira, a sua transferência das Fontainhas para a Alameda de Cartes, na zona do Cerco, poderia ser evitada.
A câmara justifica a intenção de transferir aquela feira com o aumento da dimensão do evento e com a melhoria das suas condições de segurança. A transferência de lugar está actualmente em discussão pública até ao dia 25 de Junho, razão pela qual o vereador da Fiscalização e Protecção Civil, Manuel Sampaio Pimentel, não fala sobre o assunto.
O núcleo do PSD do Bonfim esteve sábado nas Fontainhas e falou com os feirantes que manifestaram o seu descontentamento pela pretensão camarária de alterar o local da feira. Segundo o PSD, “o maior problema” que lhes foi transmitido tem a ver com a “fiscalização ineficaz da Câmara do Porto”.
“Muitos feirantes exercem sem licença, o que a ser verdade é algo de grave", dizem os sociais-democratas, acrescentando: "O facto de não existir qualquer consequência para os infractores origina que a Vandoma se estenda praticamente até à [zona] da Batalha, sem qualquer limitação. Como foi dito por um dos feirantes, a 'câmara perdeu o controlo da feira'”.
Partilhando a “indignação dos feirantes que se sentem traídos pela câmara”, os sociais-democratas afirmam que aqueles que vendem na Vandoma temem que a autarquia pretenda “tirar a feira, colocando outra no mesmo local, sem qualquer explicação”.
Em comunicado, o núcleo do PSD do Bonfim afirma ainda que “nesta época de crise, a Vandoma para alguns feirantes é o principal meio de subsistência. Para além do negócio, são 30 anos de dedicação”.
O PSD refere que alertou a autarquia para que “na alteração da feira as questões de segurança sejam devidamente analisadas”, uma vez que os “feirantes do Cerco também não concordam e não aceitam os feirantes” das Fontainhas. “Esperamos que a Câmara do Porto esclareça se, de facto, estamos perante um período de discussão pública ou apenas estamos perante um período de discussão politicamente correcta em que já está tudo decidido”.