Universitários do Porto ganham Pólo Zero em Setembro

Presidente da FAP diz que já estão reunidas todas as condições para que as obras avancem em Junho.

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O Pólo Zero ficará no Passeio dos Clérigos PAULO RICCA/Arquivo

“O processo arrastou-se, mas podemos dizer que já temos todas as condições reunidas para que o projecto avance. Esperamos que a obra, com o prazo previsto de dois meses, arranque em Junho”, disse ao PÚBLICO Daniel Freitas, salientando que só aguarda pela aprovação do alvará de obra. O presidente da FAP explica que foram vários os motivos para o atraso, desde logo a assinatura do protocolo de cedência do espaço, que só foi assinado, ainda com o executivo de Rui Rio, a escassas semanas do fim do seu mandato na Câmara do Porto, em Setembro de 2013.

Depois, foi preciso definir, exactamente o que ficaria ali instalado e quanto é que tudo iria custar. “Só em Julho ou Agosto do ano passado é que se teve a noção real do orçamento, de quanto seria necessário investir. Percebemos que para equipar o Pólo Zero, que nos foi entregue em bruto, e dotá-lo dos recursos humanos necessários, necessitaríamos de mais de 400 mil euros e não tínhamos essa verba”, explica o dirigente.

Muito do trabalho que se seguiu passou, por isso, pela procura de apoios económicos. O contrato-programa com a Câmara do Porto que, na próxima terça-feira, deverá ser aprovado pelo executivo autárquico é um dos resultados desses esforços.  De acordo com o documento, a que o PÚBLICO teve acesso, o município compromete-se a apoiar a instalação do Pólo Zero com “100 mil euros”, que serão pagos “mediante a apresentação de documentação comprovativa da realização de despesas concretas efectuadas no âmbito do respectivo objecto, bem como de declaração de que as despesas apresentadas não foram objecto de comparticipação de outras entidades”.

Apesar de, por enquanto, este ser o único apoio formalizado, Daniel Freitas diz ter a expectativa de que também a Universidade do Porto e o Instituto Politécnico do Porto participem financeiramente no projecto. E, neste momento, os estudantes andam também à procura de entidades privadas que se queiram associar à criação e instalação do Pólo Zero. “Esperamos conseguir apoios que cubram, pelo menos, 50% do valor total”, disse.

Promessa antiga de Rui Rio aos estudantes, o Pólo Zero foi o único espaço cuja instalação no que seria a nova Praça de Lisboa nunca foi posta em causa. Ainda assim, é aquela cuja concretização está mais demorada, o que levou também a pequenos ajustes nas valências que serão oferecidas aos estudantes.

Neste momento, o que está em cima da mesa é a instalação de um balcão de atendimento, que permitirá esclarecer todos os estudantes que queiram vir estudar para o Porto sobre a oferta educativa que encontram na cidade e também apoiar aqueles que, tendo entrado num curso na Invicta (estudantes deslocados ou Erasmus) queiram descobrir mais sobre o mundo académico e social que os irá envolver. Ali, esclarece Daniel Freitas, os recém-chegados podem obter informações tão diversas como a oferta de alojamento disponível, onde ficam as lavandarias mais próximas ou os benefícios do cartão de descontos da FAP.

Além deste serviço, o Pólo Zero disponibilizará um espaço com computadores, ligação à internet e sistema de videoconferência, que pode também ser usado para reuniões, e que se destina a apoiar o empreendedorismo de recém-licenciados ou finalistas do ensino superior. Os estudantes encontrarão ali também um espaço para exporem os seus trabalhos ou para assistirem ao lançamento de um livro ou de um disco. Tudo numa sala de estudo que pode ser rapidamente alterada para se transformar num mini-auditório. 

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