O dinheiro continua a jorrar na FIFA

O organismo que gere o futebol a nível mundial e onde surgiram focos de suposta corrupção apresentou lucros de 338 milhões de dólares.

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A FIFA anunciou a obtenção de lucros entre 2011 e 2014 FABRICE COFFRINI/AFP

Para a obtenção deste resultado, aprovado nesta sexta-feira durante o congresso da FIFA, contribuiu significativamente o rendimento obtido com a organização do Campeonato do Mundo do Brasil 2014.

“O ciclo 2011/14 foi concluído não só com sucesso desportivo, com o Mundial do Brasil 2014, como financeiro”, congratulou-se o vice-presidente da FIFA, Issa Hayatou, referindo que tal permitiu aumentar as reservas para 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,37 mil milhões de euros).

Estas reservas, segundo o responsável financeiro do organismo que tutela o futebol a nível mundial, Markus Kattner, “são indispensáveis para a salvaguarda da FIFA, que depende, em grande parte, dos lucros da organização dos mundiais”.

O crescimento registado, refere ainda o relatório da FIFA, ficou a dever-se em grande parte ao aumento significativo das receitas com os direitos televisivos e marketing.

“O Brasil organizou um excelente campeonato do mundo, colorido e espectacular, com os estádios cheios, o que deixou os patrocinadores satisfeitos e traduziu-se num resultado financeiro positivo”, adiantou o responsável pela comissão das finanças da FIFA, Issa Hayatou.

Os resultados obtidos, ainda segundo o dirigente camaronês, presidente da Confederação Africana de Futebol (CAF), irá permitir reinvestir no futebol uma grande parte das receitas obtidas.

A FIFA acrescenta ainda que 72% do dinheiro gasto é "investido directamente no futebol”.

Assim, dos 2,2 mil milhões de dólares (cerca de 2 mil milhões de euros) gastos no Mundial do Brasil 2014, 476 milhões de dólares (cerca de 437 milhões de euros) reverteram para as 32 selecções participantes.

Face a este resultado, que permitiu aumentar as reservas da FIFA para 1,5 mil milhões de dólares (cerca de 1,37 mil milhões de euros), a FIFA distribuiu entre 2011 e 2014 um pouco mais de mil milhões de dólares (cerca de 918 milhões de euros) em programas de desenvolvimento das 209 federações associadas.