Socialistas recusam aliança com o PP em Madrid

Pacto foi oferecido para "travar o Podemos" e deverá ser tentado por outros candidatos populares que venceram no domingo mas falharam a maioria absoluta.

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Esperanza Aguirre não vai presidir à câmara de Madrid Sergio Perez/Reuters

Na terça-feira à noite, Esperanza Aguirre, do Partido Popular, que foi a mais votada nas eleições municipais de domingo mas está em minoria face a uma eventual aliança entre o PSOE e a lista de Carmena, tinha proposto uma coligação aos socialistas.

“O meu objectivo é travar o Podemos”, disse Aguirre, uma “baronesa” da linha mais conservadora do PP que já foi ministra da Educação e Cultura e presidente do Senado. A candidata do PP acusa o partido liderado por Pablo Iglesias de querer “destruir o sistema democrático ocidental” e de usar Madrid como trampolim para chegar ao poder em Espanha.

Estendendo a mão aos seus adversários políticos, considerou que agora os dois maiores partidos de Espanha se devem juntar em defesa da ordem constitucional estabelecida. Para isso, Aguirre disse estar disposta a renunciar à presidência da câmara oferecendo-a ao candidato socialista.

A resposta de Antonio Miguel Carmona foi curta e directa: “Um não categórico”, disse o candidato em conferência de imprensa. “Jamais seria presidente da câmara com o apoio do Partido Popular”. Sobre Manuela Carmena, o socialista, que foi o terceiro mais votado, disse que é “uma excelente candidata, uma bela pessoa, com uma trajectória política interessante e digna de ser aplaudida.”

Apesar desta rejeição em Madrid, a direcção nacional do PP sugeriu aos candidatos populares que foram os mais votados mas não têm maioria para tentarem negociar pactos com os socialistas e o Ciudadanos para “travar o Podemos”.  

Segundo o El País, a direcção do PP considera que o partido, que ganhou as eleições municipais e autonómicas apesar de ter perdido grande parte das maiorias absolutas, não pode “auto-excluir-se” e tem de tomar a iniciativa de procurar pactos para governar nas cidades e regiões autónomas onde foi a força política mais votada.

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