Foram 33 anos de programas de segunda a sexta-feira com a América sentada no sofá ou recostada nas almofadas da cama ao final da noite a ouvir o seu humor cáustico, as entrevistas nem sempre confortáveis a estrelas e rubricas fixas como o seu Top Ten – e, desta vez, foram Baldwin, Martin, Murray ou Fey a listar as "dez coisas que sempre quis dizer ao Dave".

À porta, centenas de fãs com cartazes cheios de agradecimentos esperavam a entrada de David Letterman no Ed Sullivan Theater, em Nova Iorque, e também o desfile de estrelas que assistiriam ao último programa.

No seu monólogo de abertura, alfinetou-se: "Sou honesto convosco. Começa a parecer-me que não vou ficar com o Tonight Show", ironizou sobre a muito pública desilusão que sofreu quando o mítico programa apresentado por Johnny Carson passou para as mãos de Jay Leno.  

A gravação do programa foi mais longa do que o costume, incluiu excertos de programas antigos e aparições em vídeo de Obama, Bush e Clinton em que todos proclamavam: "O nosso longo pesadelo nacional acabou: Letterman vai reformar-se". 

Everlong foi tocada pelos Foo Fighters, que sucederam assim a Bob Dylan e Eddie Vedder como derradeiros convidados musicais do Late Show. É a música preferida de Letterman, especial para o apresentador desde os seus graves problemas cardíacos de 2000.

David Letterman agradeceu aos seus espectadores - "deram-me tudo". “E agora, pela última vez num programa de televisão: obrigado e boa noite."