Sá Fernandes candidata-se a deputado e acredita poder ser eleito

O advogado volta à vida política como candidato pelo Livre.

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Serão os subscritores do Livre a decidir quais os candidatos do partido às eleições legislativas Fernando Veludo/NFactos

Em declarações ao PÚBLICO, Sá Fernandes considera que “o muro” existente entre o PS e os restantes partidos de esquerda é “negativo para o país”, mas que o Livre/Tempo de Avançar apresenta um programa e princípios “capazes de criar condições para um entendimento” entre estes partidos. Sá Fernandes diz identificar-se com o Livre/Tempo de Avançar  por compartilhar a sua “maneira de ver o país e a sociedade” nas matérias fundamentais para o seu desenvolvimento.

Advogado de Carlos Cruz no processo Casa Pia, da família do jovem Rui Pedro e das vítimas de Camarate, Sá Fernandes volta à militância partidária 40 anos após ter sido candidato à Assembleia Constituinte de 1975 pelo MDP/CDE, partido que abandonou por considerar ser “dominado pelo PCP” e “falhar na criação de pontes com esquerda”. Acredita ser a altura certa para um regresso à vida política — de que se afastou depois da saída da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais, no Governo de José Sócrates — e que “não devia ficar em casa nesta altura, pois é o momento certo para avançar”, assegura Sá Fernandes.

Questionado se ser uma personalidade mediática e reconhecida poderá ser benéfico nas eleições legislativas, o advogado pensa que esse facto “é irrelevante”. “Pretendo ser avaliado pelas minhas ideias, juntamente com as propostas que o Livre e eu defendemos. O que faço fora do panorama político não deve afectar os julgamentos que fazem sobre mim”, defende.

A candidatura a deputado de Ricardo Sá Fernandes será submetida aos eleitores através de eleições primárias, que decidirão quais os candidatos do partido às eleições legislativas, assim como o lugar que irão ocupar nas respectivas listas eleitorais. “Creio ter condições para poder ser eleito”, acredita o advogado.

Texto editado por Tiago Luz Pedro

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