Afinal, a taxa de natalidade desceu em 2014

Estatísticas divulgadas esta quinta-feira pelo INE mostram que o número de óbitos voltou a superar em muito o de bebés nascidos com vida e o total de casamentos desceu, de novo.

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Os bebés prematuros correm riscos acrescidos de saúde Fundação Gates

São números definitivos ( 82 367 nascimentos de crianças cujas mães eram residentes em Portugal) que contrariam a tendência para um ligeiro acréscimo evidenciada pelos dados provisórios dos "testes do pezinho" feitos pela Unidade de Rastreio Neonatal e Genética do Instituto Ricardo Jorge.

Mas o INE faz questão de sublinhar que a diminuição dos nascimentos em 2014 registou "menor intensidade do que nos três últimos anos” ( -4,5% em 2011, -7,2% em 2012 e -7,9% em 2013). Para isso, explica, terá contribuído o nascimento, no segundo semestre do ano passado, de mais 1 024 crianças do que no período homólogo de 2013, o que não chegou, porém, para compensar o decréscimo verificado no primeiro semestre.

As “estatísticas vitais” do INE indicam ainda que no ano passado o número de óbitos suplantou o total de nascimentos pelo sexto ano consecutivo (104 790), levando a um saldo natural negativo de 22 423 pessoas, apesar de o total de mortes ter diminuído ligeiramente face a 2013. A maior parte dos óbitos foi de pessoas com 65 e mais anos (84,1%) e, neste grupo, mais de metade (56,3%) de pessoas com 80 e mais anos.

As portuguesas estão também a ter filhos cada vez mais tarde. Os dados do INE revelam que aumentou a percentagem de mães com 35 ou mais anos (7,9 pontos percentuais em comparação com 2009), enquanto diminuiu a de mães com menos de 20 anos e entre os 20 e os 34 anos.

No ano passado, quase metade dos nascimentos aconteceu  “fora do casamento”. 

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