Greve na TAP tem um efeito “desproporcional” sobre o turismo

Secretário de Estado do Turismo lamenta os impactos da paralisação mas acredita que o sector vai manter crescimentos em 2015.

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Greve prejudica turismo mas não deverá alterar tendência de crescimento do sector Raquel Esperança

No ano passado as dormidas de turistas em Portugal aumentaram 11% em comparação com 2013 e os visitantes estrangeiros representaram 70,1% do total. O número de visitantes internacionais aumentou 12,2%, acima da média verificada na Europa do Sul e Mediterrâneo, que registou um crescimento de 7%. Recorde-se que também em 2014 os tripulantes da TAP fizeram uma greve de quatro dias, em Outubro e Novembro, e os pilotos pararam um dia em Agosto. <_o3a_p>

Quando a greve dos pilotos foi anunciada, a Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) veio estimar perdas de 325 mil hóspedes estrangeiros, um milhão de dormidas e 300 milhões de euros de receitas. Henrique Veiga, presidente da AHP, também alertou para a fuga de turistas para mercados concorrentes no Mediterrâneo, com Espanha, Itália e Marrocos.<_o3a_p>

Adolfo Mesquita Nunes admite que há companhias aéreas que podem ser alternativas à TAP durante os dez dias de greve, mas defende que “se o objectivo é proteger e manter a empresa, a paralisação tem um efeito oposto”.

Nesta quarta-feira, um grupo de trabalhadores juntou-se na sede da companhia para protestar contra a decisão dos pilotos. De acordo com a Lusa, a marcha silenciosa foi iniciada às 12h30, mas contava apenas com algumas dezenas de trabalhadores.

O secretário de Estado do Turismo falava aos jornalistas durante um encontro onde deu nota da promulgação por parte da Presidência da República da lei que legaliza o jogo online em Portugal e que foi publicada em Diário da República nesta quarta-feira. O diploma entra em vigor em finais de Junho e no final do ano deverão ser atribuídas as primeiras licenças.<_o3a_p>

Decisão sobre a Uber é provisória
Na conferência de imprensa, Adolfo Mesquita Nunes também foi questionado sobre a providência cautelar interposta pela Associação Nacional dos Transportes Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL),que suspendeu a actividade da Uber em Portugal.

Dizendo que não conhece a sentença do Tribunal Cível de Lisboa, Mesquita Nunes recordou que, tratando-se de uma providência cautelar, a decisão do tribunal “é provisória”. “Desconheço os fundamentos jurísticos pelos quais foi decretada”, disse. E acrescentou: “A economia colaborativa é um dos desafios que o sector do turismo tem pela frente e coloca do ponto de vista regulatório um conjunto de questões que a própria Europa está a analisar. No caso do turismo a maior questão que se colocou foi no aluguer de casas a turistas e essa o Governo já a resolveu”.

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