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O arquitecto que pensa

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Diogo Seixas Lopes (Lisboa, 1972) ENRIC VIVES-RUBIO

A sua primeira iniciativa pública foi a revista Prototypo, de que foi um dos directores, tendo publicado 9 números entre 1999 e 2004. O conceito da revista era pôr em confronto, ou em diálogo, um arquitecto/atelier português e um internacional.

Desde essa experiência que é motivado por estabelecer pontes entre a cena portuguesa e o contexto internacional. O doutoramento que realizou na ETH Zurique, e foi concluído em 2013, deve ser entendido nessa lógica. Mas a actividade de Diogo Seixas Lopes incluiu ainda o gosto culturalista de colocar a arquitectura em relação com outras artes, de que é memorável o livro “Cimêncio” (2003) em co-autoria com Nuno Cera.

Desde então tem sido professor convidado em várias universidades, a Autónoma de Lisboa, Coimbra, Carleton, e na EPRL Lausanne. É vice-director da presente série do Jornal Arquitectos, revista da Ordem dos Arquitectos, e co-comissário geral da Trienal de Arquitectura de Lisboa 2016, ambos com André Tavares.

Embora se tenha destacado na actividade editorial e como crítico, Diogo Seixas Lopes tem também trabalho na profissão, em parceria com Patrícia Barbas. Em 2012 concluíram, com Gonçalo Byrne, a Requalificação do Teatro Thalia, em Lisboa, que obteve várias nomeações para prémios e foi publicado em revistas internacionais. Seguiu-se o concurso para um edifício de escritórios na Fontes Pereira de Melo, em Lisboa, em que ficaram em primeiro lugar e cujo desenvolvimento gerou polémica. Actualmente trabalham na requalificação de um palacete no Príncipe Real.

O atelier da parceria situa-se numa antiga garagem, na zona de Campo de Ourique, experiência que dura desde 2005. Diogo Seixas Lopes gosta de pensar, projectar e viver a arquitectura. Um modo de vida intenso que está sempre próximo da necessidade de “esquecer a arquitectura”, como dizia Aldo Rossi, sobre quem fez a tese de doutoramento.

 

 

 

 
 

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