Turismo de Portugal considera greve de pilotos da TAP um "desrespeito"
Cotrim de Figueiredo, presidente da entidade, diz que está a haver "cancelamentos em massa".
"Enquanto presidente da autoridade nacional do Turismo e defensor deste sector tenho de dizer com todas as letras que esta greve é um desrespeito pelo esforço de milhares de trabalhadores e empresários e empresas que fizeram do sector do turismo dos mais dinâmicos do país e dos mais competitivos da Europa", afirmou à Lusa o presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo.
O dirigente daquela entidade alertou que a greve pode pôr em causa os resultados do sector do turismo nacional, num ano em que os primeiros dados apontam para a "continuação de um crescimento forte, acima dos dois dígitos".
"Essa excelente trajectória está claramente em causa com este tipo de problemas porque ocasionam problemas nos dias da greve como já estão a causar cancelamentos em massa nesta altura e irão posteriormente continuar a afectar a imagem da acessibilidade aérea a Portugal", declarou João Cotrim de Figueiredo.
A greve entre 01 e 10 de maio foi decidida na quarta-feira, em assembleia-geral convocada pelo SPAC, reunião que contou com a participação de cerca de 500 pilotos da TAP.
Na sexta-feira, o SPAC disse os seus associados vão "manter a serenidade" e pediu "bom senso" e "responsabilidade" ao Governo e à transportadora aérea, a quem reiteram acusações de incumprimento do acordo firmado.
Nesse comunicado, o SPAC sublinhou que as razões da greve marcada pelos pilotos para os dias entre 1 e 10 de maio "são claras" e devem-se ao facto de o Governo e a TAP não honrarem "sistematicamente os compromissos a que se vinculam perante os pilotos" e o sindicato.
Também na sexta-feira, o vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, afirmou não ser "razoável" o anúncio de greve de 10 dias dos pilotos da TAP nem "aceitável" que um grupo de pessoas "capture" uma empresa inteira e apelou ao "patriotismo" contra a medida de protesto.