Mude recolhe peças da história da TAP até ao final do mês

Adesão do público leva directora do museu a considerar alargamento da exposição agendada para Julho a objectos de coleccionismo.

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Serviço de cerâmica antigo usado a bordo dos aviões da TAP Enric Vives-Rubio

“Há uma ligação emocional muito evidente à TAP”, conta Bárbara Coutinho. A directora da Mude já esperava uma forte adesão ao apelo lançado no final de Fevereiro para recolher peças que pudessem integrar a exposição. Mas, ainda assim, diz ter ficado “surpreendida” com os resultados, sobretudo “pelo desejo que existe de contribuir”.

Até agora, o museu já reuniu “várias dezenas de objectos”, de fardas dos tempos da Linha Área Imperial, inaugurada no final da década de 40, aos serviços de cerâmica usados antigamente a bordo para servir refeições aos passageiros.

Mas se muitas destas peças vieram directamente do espólio da transportadora aérea, outras chegam pela mão de antigos funcionários ou de familiares, que guardaram (e agora querem mostrar) objectos que simbolizam a evolução da TAP ao longo dos anos, como mantas ou gravatas.

Há “uma envolvência tão profunda” que o Mude está a avaliar se “poderá ser criado um espaço que de alguma forma evoque este coleccionismo”. Bárbara Coutinho acredita que o actual contexto da empresa, em vésperas de privatização, “também ajuda” a estimular uma maior adesão.

A recolha de peças estende-se até ao final de Abril, mas nesta fase o museu já está a fazer todo o trabalho de construção da narrativa em redor da exposição, que será, na sua essência, dedicada à história da TAP através do design e da imagem. E é neste capítulo que entram cartazes como o da andorinha que se aproxima de um beiral português, dos inícios da transportadora aérea, ou de um outro em que é apresentada uma mala de viagem com referências turísticas a Portugal, ao espaço ibérico e a Lisboa.

A data prevista da inauguração é 16 de Julho e a exposição do Mude deverá decorrer até ao final de Outubro, explicou a directora do museu.

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