Desde terça-feira, 17 de Março, e até 3 de Abril, o público pode então votar nos seus projectos preferidos, organizados em oito grandes categorias e várias subsecções num total de 90 áreas. E é logo na primeira, a categoria residencial, que surgem os dois ateliers portugueses: estão nomeadas a Casa Taíde, de Rui Vieira Oliveira + Vasco Manuel Fernandes, em Taíde, no norte do país, e a Casa Sambade, dos Spaceworkers, em Penafiel, na subsecção de casas particulares. O primeiro é um projecto de reabilitação de uma antiga casa campestre de dois pisos e o segundo trata-se de uma intervenção que “tem como principal objectivo criar um espaço contemporâneo sem que este interfira na paz da área rural”, escrevem os próprios Spaceworkers, referindo-se ao volume rectangular em betão puro que desenharam na zona de Penafiel.

Na categoria educativa, na subsecção de instalações de educação e investigação, foi nomeado o projecto de Pedro Reis pela Escola Superior de Desporto e Lazer de Melgaço, um projecto construído em 2014 como resultado de um concurso público lançado em 2008 para um novo edifício capaz de funcionar como núcleo nevrálgico do Centro de Alto Rendimento desta instituição de ensino, “concentrando todas as actividades administrativas, educativas e sociais”, lê-se na descrição do projecto.

Na categoria de espaços comerciais concorrem dois projectos portugueses – o Parque Tecnológico de Óbidos, de Jorge Mealha, um espaço que alia as valências de investigação e de produção no sector das indústrias criativas - na subcategoria de espaços de usos mistos, e a Adega Vinícola Gran Cruz Porto, em Alijó, um projecto de A. Burmester Arquitectos Associados, erguida sobre um antigo espaço de construção civil em plena paisagem do Douro, património cultural da humanidade.

Por fim, e numa outra categoria geral dedicada à arquitectura de reabilitação, está também entre os seus cinco finalistas um projecto português: o Chalet das Três Esquinas, que o atelier bracarense Tiago do Vale Arquitectos transformou e que já tinha sido escolhido pelos votantes do concurso anual promovido pelo site ArchDaily como vencedor de 2014 na categoria de restauro e requalificação.

Os cinco finalistas portugueses competem em cada categoria com outros quatro candidatos, num conjunto de 205 projectos que podem vencer tanto o Prémio do Júri (The Architizer A+ Jury Award) quanto o Prémio de Escolha Popular (Architizer A+ Popular Choice Award). No caso do primeiro, os vencedores passam pelo crivo de um júri alargado de mais de 300 profissionais – arquitectos, agentes culturais de referência, artistas plásticos, empreendedores e “pessoas que de facto contratam arquitectos”, como descreve a Architizer, um site de divulgação de arquitectura que tem mais de um milhão de visitantes mensais.

Entre esses jurados estão nomes como os dos fundadores do Kickstarter, a maior plataforma do mundo de projectos criativos; responsáveis da Google; Bjarke Ingels do atelier BIG ou Tom Kundig da Olson Kundig Architects; o director criativo da Diesel Nicola Formichetti; a directora do departamento de design do Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (MoMA), Paola Antonelli, e o curador de arquitectura do MoMA Pedro Gadanho; Yves Behar do Fuseproject; e Cameron Sinclair da organização de beneficiência Architecture for Humanity. No caso da votação online, que no ano passado reuniu 200 mil votos de todo o mundo, é o público que escolhe.

Os projectos vencedores serão compilados em livro pela conceituada editora de artes e design Phaidon. A entrega dos prémios, desenhados pelo atelier Snarkitecture, será em Nova Iorque a 14 de Maio.
 

Notícia actualizada com inclusão do projecto do Chalet das Três Esquinas