Taxa de desemprego cai para 13,3% em Janeiro
Estimativa do INE dá conta de 683,2 mil desempregados e de um aumento da população empregada.
No final de Janeiro havia 683,2 mil pessoas desempregadas, menos 10.500 do que no mês anterior. Esta diminuição, nota o INE, “ocorre após o acréscimo verificado em Dezembro de 2014”.
Na comparação com o início de 2014, a taxa de desemprego baixou de 15% para 13,3%, ou seja 1,7 pontos percentuais. A taxa de desemprego dos jovens situou-se em 33,6%, tendo diminuído 0,2 pontos percentuais em relação ao mês anterior e 1,6 pontos em comparação com Janeiro de 2014.
O ano começou também com boas notícias do lado do emprego. O INE dá conta de 4441,3 mil pessoas que dizem ter trabalho, um aumento de 21.000 face ao final do ano passado. A população empregada aumentou para todos os grupos analisados, tanto nos homens (0,7%) como nas mulheres (0,3%). O mesmo se passou ao nível dos adultos (0,4%) e dos jovens (2,5%). A taxa de emprego situou-se em 56,7%, tendo aumentado 0,3 pontos percentuais em comparação com o nível do mês anterior.
Os dados apresentados têm em conta a população dos 15 aos 74 anos, em linha com as regras do Eurostat, e os valores foram previamente ajustados de sazonalidade. Sem contar com os efeitos sazonais, a taxa de desemprego em Janeiro foi de 13,6%, tendo diminuído 0,2 pontos.face ao mês anterior e 1,7 pontos relativamente ao ano passado.
O ministro do Emprego e da Segurnaça Social, Pedro Mota, destacou que os dados são "uma boa notícia". "Não é normal haver no início do ano uma diminuição do desemprego. Haver uma redução de 0,3 pontos percentuais é certamente uma boa notícia, em primeira instância, para estas famílias", disse , numa deslocação a Campo Maior.
Citado pela Lusa, o governante, destacou ainda que os dados apresentados pelo INE reflectem também as reformas que foram lançadas nos últimos anos para "estimular a economia e o emprego".
Desemprego afinal subiu em Dezembro
Como é habitual, o INE apresentou também a revisão dos dados relativos ao mês de Dezembro. A taxa de desemprego foi afinal de 13,6%, ficando acima da estimativa de 13,4% divulgada no início de Janeiro.
Na prática isto significa que o desemprego afinal aumentou ligeiramente entre Novembro (13,5%) e Dezembro (13,6%), quando as primeiras estimativas apontavam para uma descida ténue (de um ponto percentual) neste período.
O desemprego jovem foi menor do que o estimado, passando de uma taxa de 34,5% na primeira estimativa para 33,8% nos dados agora revistos. Mas neste caso, a tendência de aumento face ao mês anterior manteve-se, embora a uma escala menor.
As estimativas referentes ao último mês (trimestre móvel) têm carácter provisório, alerta o INE, “uma vez que se trata de um trimestre composto por dois meses para os quais a recolha da informação do Inquérito ao Emprego já foi concluída e um mês para o qual foi realizada uma projecção com base em modelos de séries temporais”.
Numa audição na Assembleia da República, a 18 de Fevereiro, a presidente do INE, Alda Carvalho, desvalorizou as revisões que o instituto tem feito nas suas estatísticas mensais do emprego, alertando que é um processo normal e “o preço a pagar por termos informação” mais actual.
Alda Carvalho argumentou que revisões que rondam 0,4 pontos percentuais numa taxa de desemprego de dois dígitos “não pode ser um drama”.