Numa resposta por escrito, o ministério reconhece, contudo, que os dados resultantes do inquérito feito a educadores de infância são “ importantes para desenvolvimento futuros, designadamente ao nível da definição de orientações curriculares, da edição de materiais de apoio à prática e da disponibilização de formação contínua mais actualizada”.
Mas, acrescenta, por “não ter sido possível assegurar a representatividade da amostra, conforme se pretendia inicialmente, sobretudo no que respeita aos educadores de infância em funções no sector privado, o MEC olha para estes dados com a devida cautela, toma-os como tendências e não como evidências”.
Isabel Lima, a professora da Universidade do Porto que coordenou o projecto, considera que o problema da representatividade “é inerente” a estudos que têm como base a resposta a inquéritos que são enviados aos destinatários, como foi o caso. Mas frisa que neste foi possível “identificar situações e preocupações muito relevantes, que devem ser tidas em conta na tomada de decisões”.