Tame Impala, Temples e Iceage no Vodafone Paredes de Coura
Rock com Tame Impala, Pond, Temples ou Iceage, folk com Father John Misty ou soul com Charles Bradley. O festival Vodafone Paredes de Coura, em Agosto, a ganhar forma.
É isso. O festival só acontecerá na segunda metade de Agosto, de 19 a 22, mas pelo menos dois dos dias do evento já podem ser entrevistos. A 20 uma das grandes atracções serão os australianos Tame Impala de Kevin Parker, um dos grupos mais influentes na revitalização do psicadelismo rock encetado nos últimos anos. Em particular o seu segundo disco, Lonerism (melhor álbum de 2012 para o suplemento Ípsilon do PÚBLICO) fê-los dar um salto em termos de projecção, com uma sonoridade que reconfigura, de forma muito singular, sons de outras eras da rock e da pop. O regresso do grupo a Portugal – a última vez foi o ano passado no festival Super Bock Super Rock – tem como pretexto a apresentação ao vivo de um novo álbum de originais previsto para este ano.
No mesmo dia actuarão os também australianos Pond, que partilham até alguns dos elementos dos Tame Impala, não espantando que a música contenha o mesmo tipo de influências, ou seja, rock e pop dos anos 1960 e 1970, reactualizado para hoje, como é audível no álbum deste ano, Man, It Feels Like Space Again. Para ambientes mais calmos, marcados pela folk, haverá oportunidade de tomar contacto com a música do ex-Fleet Foxes, Joshua Tillman, mais conhecido por Father John Misty, que acaba de lançar o segundo e incensado álbum I Love You Honeybear.
Para 21 de Agosto prevê-se um dia mais agitado, a começar por uma das bandas inglesas que mais deu que falar o ano passado, os Temples, através do álbum Sun Structures. Para uma sessão de rock efervescente haverá de contar também com os dinamarqueses Iceage, apesar do magnífico álbum do ano passado, Plowing Into The Field Of Love, ser bem mais diverso e eloquente do que os dois discos inaugurais, que os conotava com a raiva e o impacto imediato do punk.
Para assistir a uma sessão de música soul das antigas, com um verdadeiro homem de palco em acção, é de não perder o americano Charles Bradley, que foi redescoberto em boa hora nos últimos anos, depois de ter estado remetido à invisibilidade durante largo tempo. A transmissão da essência da soul às novas gerações passa por ele. O ano passado foi responsável por um dos melhores concertos do Primavera Sound do Porto.
Quem trabalha também raízes clássicas da música americana, embora neste caso mais ligadas à folk, são os Waxahatchee, grupo liderado pela cantautora Katie Crutchfi, sinónimo de canções confessionais numa toada despojada como é testemunhável no mais recente álbum deste ano, Ivy Tripp. Actuam também 21 de Agosto. Nos próximos meses serão revelados os restantes nomes que figurarão no cartaz.
O passe geral para os quatro dias do festival custa 85 euros, existindo alguns pacotes de desconto, como os clientes Vodafone, que podem adquirir passes com 20% de desconto.