De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), que divulgou nesta segunda-feira os dados do comércio internacional de Dezembro, “no conjunto do ano de 2014 as exportações de bens aumentaram 1,9% comparativamente ao ano anterior, o que representa uma desaceleração do crescimento face a 2013", em que registou uma subida de 4,5%”. Já as importações de bens, que registaram em 2013 um acréscimo de 0,9%, aumentaram 3,2% no conjunto do ano de 2014.

A taxa de cobertura (ou seja, o peso das exportações face ás importações) foi de 82% no ano passado, o que equivale a uma descida de 1,1 pontos percentuais face a 2013, que foi um ano bastante positivo para a balança comercial portuguesa.

A taxa de variação das exportações em 2014, de 1,9% em termos homólogos, foi a mais fraca desde 2009 (quando a taxa de -18,4% no contexto da crise financeira)

Olhando para o mês de Dezembro, os dados divulgados pelo INE mostram que, nesse mês, face a 2013, as exportações cresceram 4,9% “devido sobretudo ao comércio intra-UE”, com destaque para os combustíveis minerais, máquinas e aparelhos e outros produtos.

Já as compras de bens ao exterior subiram 1,3%, “em resultado da evolução do comércio extra-UE (essencialmente devido aos combustíveis minerais)". De acordo com o INE, “as importações intra-UE registaram uma diminuição”. Se se excluir das contas os combustíveis e lubrificantes, em Dezembro do ano passado “as exportações aumentaram 6,3% e as importações diminuíram 2,8% face ao mês homólogo”.  

Serviços em terreno positivo
Neste contexto, o total da balança comercial do país com o exterior só se salva do saldo negativo graças às exportações de serviços, com destaque para o turismo. Faltam ainda ser conhecidos os dados de Dezembro, mas, entre Janeiro e Novembro, as exportações de serviços tinham subido 5,4% para 21.084 milhões de euros, contra uma subida de 9,7% das importações para os 10.959 milhões, o que resulta numa diferença, positiva, de 10.125 milhões de euros.

Com esta ajuda, a balança comercial de bens e serviços era positiva em 508 milhões de euros em Novembro (substancialmente menos do que os 1042 milhões dos primeiros onze meses de 2013).