Marco António Costa alerta para regresso de PS “cata-vento de mixórdias ideológicas”
"O PS de Seguro está de volta, só mudou de líder", afirmou Marco António Costa durante um debate no Porto sobre o poder autárquico no feminino, organizado pela distrital do PSD/Porto, que já liderou.
O social-democrata acrescentou que Portugal tem "de volta o PS cata-vento das mixórdias ideológicas (...) que fica quer do lado do Syriza [na Grécia], quer do PSOE [de Espanha] esquecendo o Podemos, que está ao lado e que é o partido irmão do Syriza".
"Que grande confusão vai para aqueles lados do largo do Rato. Ora se chegam para a esquerda, ora se chegam para a direita", atirou o porta-voz do partido para quem esta atitude socialista "tem um único objectivo: tentar salvar desesperadamente a imagem de um líder" que se tem pautado por um "vai e vem, avanços e recuos" de opiniões.
Marco António Costa destacou ainda que "este é o PS do imobilismo, da falta de coragem política de dizer aos portugueses o que quer, como quer e para onde quer levar Portugal. O PS do tacitismo (...) que deseja rapidamente encontrar eleições, mas que evita dizer o que pensa do futuro de Portugal".
E aproveitou o seu discurso para lembrar como, desde 2011, Portugal seguiu um rumo diferente de países "parceiros de caminho" como a Grécia que, disse, voltou "ao ponto de partida". "Nós, felizmente, já não estamos no grupo dos problemas, mas sim no grupo de quem tem as soluções [e] quando olhamos para o povo grego somos solidários, temos a consciência de que deveremos continuar a ser solidários com esse povo", sublinhou.
Questionado no final sobre a mudança de opinião de Santana Lopes, quanto ao melhor momento de se apresentarem candidaturas presidenciais, o porta-voz do PSD escusou-se a tecer qualquer comentário, por se tratarem de "actos individuais de cada um dos cidadãos, que se sente motivado".
O debate sobre o "Poder Autárquico no Feminino" foi organizado pelo Secretariado Distrital Feminino do Porto e pela Comissão Política Distrital do PSD/Porto cujo líder, Virgílio Macedo, se disse "convicto de que, em Outubro, os portugueses vão dar uma palavra de incentivo ao trabalho realizado nos últimos três anos".
"Foram anos difíceis mas que valeram a pena (...) e as gerações futuras vão reconhecer o trabalho feito", destacou o líder da distrital que hoje quis homenagear as mulheres e a sua participação cada vez "incisiva e participativa" na política, o que "tem enriquecido" a democracia em Portugal.