Angoulême arranca nesta quinta-feira entre risos e lágrimas

Festival prolonga-se até domingo.

Foi preparada à última da hora uma exposição dedicada ao Charlie Hebdo e aos seus cartoonistas
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Foi preparada à última da hora uma exposição dedicada ao Charlie Hebdo e aos seus cartoonistas AFP
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AFP PHOTO / PIERRE DUFFOUR

É às doze vítimas do antentado, entre as quais cinco importantes desenhadores de imprensa, que Angoulême dedica esta edição, desde logo com a entrega do primeiro Prémio Charlie da Liberdade de Expressão e com a atribuição simbólica do Grande Prémio Especial à redacção do jornal (paralelamente à entrega do Grande Prémio, como dita a tradição, a um autor de BD). Há ainda uma exposição consagrada ao Charlie Hebdo, onde se poderão ver alguns dos mais controversos cartoons.

Sob o lema: “Aproximemo-nos do desenho porque o desenho aproxima-nos”, mais do que lembrar a tragédia, o festival quer celebrar o espírito Charlie. Não pode ser esquecido que Angoulême é a festa da banda desenhada e não faltarão personagens conhecidas como Mafalda ou Astérix.

“O festival vai ser para lembrar mas também para demonstrar que a vida continua”, disse na apresentação aos jornalistas Franck Bondoux, um dos organizadores de Angoulême, revelando que a organização do evento espera bater o recorde do ano passado em que passaram pelo festival 200 mil pessoas.

O festival, que este ano tem como presidente Bill Waterson, que manterá a sua postura discreta e não estará no festival, prolonga-se até domingo, dia 1, e contará com a visita, entre outras, do japonês Katsuhiro Otomo (criador de Akira) e do argumentista britânico Alan Moore (WatchmenV de Vingança). Destaque ainda para a primeira grande retrospectiva na europa do japonês Jirô Taniguchi. A programação completa pode ser consultada no site do festival.

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