Mais de 30 mortos em atentado no Iémen
Paramédicos descrevem situação "catastrófica" com grande número de mortos e feridos em estado muito grave após ataque a escola de polícia.
Depois de Setembro, quando a milícia xiita Houthi tomou o controlo de Sanaa, num contexto de luta sectária após uma revolta popular em 2011, que levou a uma mudança de Governo, a Al-Qaeda na Península Arábica, um dos grupos mais activos ligados à rede extremista sunita, tem levado a cabo cada vez mais ataques em todo o Iémen.
Não houve ainda reivindicação do ataque, que atingiu alunos da escola e candidatos que esperavam para se inscrever, assim como transeuntes. O Ministério do Interior suspendeu o período de inscrições, que decorre todos os anos durante uma semana.
A forte explosão ouviu-se por toda a cidade. “A situação é catastrófica. Ao chegar encontramos corpos por cima uns dos outros”, disse um paramédico à agência Reuters. “Havia um corpo de uma pessoa a gritar, enquanto a parte de baixo tinha ficado completamente destruída.”
O exército do Iémen já lançou várias campanhas contra a Al-Qaeda, apoiadas por drones americanos, mas o grupo tem-se sempre mostrado capaz de sobreviver, com os militantes a esconder-se em locais onde gozam de simpatia de tribos sunitas.
Países da região temem que o grupo ganhe capacidade para levar a cabo ataques fora do Iémen, por exemplo na vizinha Arábia Saudita.
No Iémen, a maioria dos ataques dos últimos quatro anos atingiram a infra-estrutura de segurança do país. Um bombista suicida matou mais de 90 pessoas em Maio de 2012, numa parada militar, e um ataque coordenado a um hospital militar há um ano deixou mais de 50 mortos. No primeiro dia deste ano, um bombista suicida matou pelo menos 26 pessoas num centro cultural na cidade de Ibb.