Portas frisa que não foi acusado no caso dos submarinos
Líder do CDS quer “renovar maioria” mas não diz como.
“O despacho do Ministério Público conclui que não houve favorecimento a nenhum dos concorrentes; que não há fundamento para exercer acção penal contra o então ministro da Defesa Nacional [Paulo Portas]; e que as comissões comerciais, têm nomes e números, sem qualquer relação com a política, não tendo existido qualquer benefício para o partido ou para os seus dirigentes”, lê-se na mensagem enviada aos militantes do CDS e divulgada esta quinta-feira.
Sublinhando que, durante dez anos o CDS, os dirigentes e funcionários e o próprio foram “insultados, difamados e atacados”, tendo aguentado com “assinalável sobriedade”, Portas afirma que o processo para alguns dos seus “adversários” foi político. “Combatem o CDS de qualquer forma e de qualquer jeito. Nunca quiseram o CDS no regime e querem o CDS fora do Governo”, escreve, acrescentando que “com ironia se poderia dizer que o estalinismo nunca morre nos antigos estalinistas”.
Relativamente à coligação pré-eleitoral, Portas reitera a ambição de vencer as próximas legislativas e fala em “renovar a maioria” (mas não a coligação). "A minha disposição para vencer o combate de 2015 e renovar a maioria, é inequívoca e empenhada", garante, dando apenas a indicação do “trabalho de casa” que fará o CDS, “abrindo o partido e investindo e ideias e soluções”.
Num tom de esperança (“os portugueses, naturalmente, têm é saudades de ter futuro”), Portas dá o mote da pré-campanha eleitoral ao lançar uma ideia próxima de "ou nós ou o caos". “Preferimos um caminho de melhoria progressiva mas sustentada ou entregarmos o Governo do país a quem promete o impossível e com isso pode deitar a perder o que é possível?”, questiona.
Depois de elencar “factores de diferenciação do ano de 2015”, entre os quais o crescimento económico e a recuperação de rendimentos para reformados e funcionários públicos, o líder do CDS declara que os sinais “desmentem o discurso ‘tremendista’ de uma certa esquerda”. E considera “difícil de acreditar que, nas condições de dependência extrema em que Portugal caiu em 2011, qualquer Governo tivesse margem de manobra para fazer uma política substancialmente diferente”.