Anish Kapoor é o senhor que se segue em Versalhes
O artista indiano sucede a Lee Ufan e Joana Vasconcelos.
Nascido em Bombaim, na Índia, em 1954, mas radicado em Londres desde o princípio da década de 1970, Anish Kapoor tem ficado associado nos últimos anos sobretudo a obras de escala monumental. De Marsyas, a misteriosa membrana em PVC com que ocupou os 150 metros de comprimento do Turbine Hall da Tate, em 2003, a ArcelorMittal Orbit, a peça de mais de 100 metros de altura concebida para o Parque Olímpico de Queen Elizabeth, em Londres, tida como a maior escultura do Reino Unido, a Leviathan, o enorme balão que em 2011 instalou no Grand Palais, em Paris.
Precisamente, recorda o The New York Times, que deu a notícia: em 2011, Kapoor atraíu mais visitantes ao Grand Palais do que qualquer dos seus antecessores no projecto Monumenta; foram mais de 277 mil visitantes em seis semanas, “um recorde presumivelmente não esquecido pelos que seleccionam para Versalhes”. <_o3a_p>
Versalhes, só por si, tem cinco milhões de visitantes anuais, com um pico no Verão, altura em que, desde 2008, o palácio vem convidando artistas contemporâneos a dialogarem com os seus mestres do barroco – nomes como Jules Hardouin-Mansart, André Le Nôtre, Charles Le Brun e Jacques-Ange Gabriel. <_o3a_p>
“Grande multidões deverão implicar grandes lucros – muito necessários num momento em que a austeridade está a cortar o orçamento público para a cultura”, escreve o NYT. Ao jornal, Catherine Pégard explicou: “Não é fácil escolher para Versalhes. Não é um museu nem uma galeria nem um espaço expositivo.” Kapoor, diz, “tem qualquer coisa especial a dizer neste contexto".<_o3a_p>
Kapoor e Lee Ufan sucederam a Jeff Koons (2008), Xavier Veilhan (2009), Takashi Murakami (2010), Bernar Venet (2011) e Giuseppe Penone (2013), numa lista de intervenientes de que, até hoje, consta uma única mulher: a artista plástica portuguesa Joana Vasconcelos (2012). <_o3a_p>