Advogado de Sócrates diz que recurso "tem óptimos fundamentos e vai resultar"

João Araújo entregou nesta sexta-feira o recurso da prisão preventiva do ex-primeiro-ministro.

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João Araújo Enric Vives-Rubio

João Araújo falava à comunicação social após entregar no TCIC um recurso a pedir a libertação do ex-primeiro-ministro, detido em prisão preventiva desde 25 de Novembro.

O advogado escusou-se a revelar pormenores sobre o conteúdo do recurso, justificando com a decisão do Conselho Distrital de Lisboa da Ordem dos Advogados que o impediu de revelar os fundamentos do pedido apresentado.

O advogado de José Sócrates contava entregar o recurso na última segunda-feira, mas acabou por não o fazer, dizendo sentir necessidade de consultar primeiro o seu cliente.

Na altura, João Araújo referiu que "com a máxima extensão possível, a defesa irá transmitir as pertinentes informações sobre nova iniciativa processual", mas tal não aconteceu hoje.

Numa das visitas que fez à prisão de Évora, onde o antigo primeiro-ministro se encontra detido preventivamente, o advogado afirmou aos jornalistas que estava na "altura de José Sócrates se defender publicamente".

"Há um cidadão injustamente preso, em meu entender" e, por isso, "tem que ser libertado, logo que alguém se aperceba da injustiça, da ilegalidade", sustentou na ocasião, acrescentando esperar que Sócrates "vá passar o Natal a casa porque só o facto de estar preso há 15 dias é um abuso", o qual "tem que cessar o mais depressa possível".

José Sócrates está preso preventivamente no Estabelecimento Prisional de Évora por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e fraude fiscal qualificada num caso relacionado com alegada ocultação ilícita de património e transacções financeiras no valor de vários milhões de euros.