Cavaco e Passos destacam relação com países da Aliança do Pacífico

No final da cimeira ibero-americana no México, Presidente e primeiro-ministro garantiram que a América Latina é uma prioridade da política externa portuguesa.

Foto
Cavaco e Passos estiveram juntos no México Daniel Rocha

O Presidente da República e o primeiro-ministro manifestaram esta posição em conferência de imprensa conjunta, no final da XXIV Cimeira Ibero-Americana, no México, encontro ao qual faltou, pela terceira vez, a Presidente do Brasil, Dilma Rousseff, e no qual também não estiveram presentes os presidentes de Cuba, Argentina, Venezuela, Nicarágua e Bolívia.

A Aliança do Pacífico é um bloco comercial criado em 2012, constituído por México, Peru, Colômbia e Chile, a favor do comércio livre e considerado concorrente do Mercosul, que existe desde 1991, actualmente composto por Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela, e que é mais conotado com o proteccionismo económico.

"O relacionamento de Portugal com a América Latina não é apenas o relacionamento com o Brasil, um país a que nos ligam laços muito particulares. Alargámos esse relacionamento, quer a nível político, quer a nível económico, quer a nível de investimento, em particular com os países da Aliança do Pacífico", afirmou Cavaco Silva.

Assinalando as visitas a Portugal dos presidentes da Colômbia, México, Panamá e Peru, o Chefe de Estado português considerou que, nos últimos anos, a presença económica portuguesa e os contactos políticos com a América Latina aumentaram.

"Nos últimos cinco anos, as exportações de Portugal para esta parte do mundo tiveram um crescimento médio de cerca de 20%", referiu.

Em seguida, também Passos Coelho assinalou que Portugal tem conseguido "um nível de penetração bastante grande" na América Latina, "sobretudo neste arco que constitui a Aliança para o Pacífico".

"Creio que o Panamá deverá estar praticamente a dar por concluído o processo de adesão à Aliança para o Pacífico e nós somos membros observadores desde há um ano e meio", salientou o chefe do executivo PSD/CDS-PP.

Cavaco Silva apontou a participação de Portugal na organização de 22 países ibero-americanos - que vão passar a reunir-se de dois em dois anos, em vez de anualmente - como "uma das prioridades da política externa portuguesa" e Passos Coelho reforçou que as relações com a América Latina são "uma prioridade clara da política externa portuguesa".