Ex-deputada venezuelana investigada por conspirar para matar Presidente

Corina Machado foi já apelidada de "assasssina" por Nicolás Maduro.

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Corina Machado enfrenta a possibilidade de uma pena que pode ir até 16 anos de prisão Jorge Silva/REUTERS

Corina Machado foi uma das líderes das grandes manifestações contra Maduro no início do ano. Agora, qualifica as acusações que lhe são feitas como “uma farsa” para a tentar calar e também para distrair os venezuelanos da crescente crise económica. “Se acreditam que com ameaças e chantagens nos calarão, enganam-se”, disse, citada pelo jornal espanhol El País.

O alegado plano para assassinar o Presidente Maduro foi revelado em finais de Maio pelo dirigente do Partido Socialista Unido da Venezuela (no poder) e presidente da câmara de Caracas, Jorge Rodríguez, que mostrou várias mensagens de correio electrónico atribuídas a Corina Machado, dirigidas a diferentes líderes da oposição na Venezuela. Nelas, Machado dizia que tinha chegado a hora de juntar esforços para obter “o financiamento para aniquilar Maduro”.

A ex-deputada reconheceu que estes emails saíram das suas contas, mas que não usavam estas endereços, e que não pretendia fazer um golpe de Estado nem matar ninguém, apenas pretendia afastar Maduro. Mas Maduro, num discurso oficial, classificou Machado como “assassina” – e agora tudo indica que deverá ser mesmo acusada.

Se for considerada culpada, a ex-deputada – destituída em Março do seu mandato – pode enfrentar uma pena entre oito e 16 anos de prisão, diz a Reuters.

Leopoldo Lopez, outro líder da oposição, e que se destacou na organização dos protestos de rua, está preso desde Fevereiro.

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