Líder do PS de Lisboa pede um governo, uma maioria e um presidente
Marcos Perestrello diz que o “PS está hoje preparado para responder à vontade de mudança dos portugueses” e declara que António Costa “é o rosto da esperança”
”No ano de 2015 inicia-se um ciclo eleitoral exigente e Portugal precisa de um novo governo, de uma nova maioria e de um novo Presidente da República, porque este governo, esta maioria e este presidente transformou-se num pesadelo para Portugal”, declarou Marcos Perestrello na intervenção que proferiu no XX Congresso do PS que decorre até domingo, na FIL, em Lisboa.
O líder da distrital do PS de Lisboa atacou violentamente o Governo de Pedro Passos Coelho, disse que as suas políticas estão esgotadas e avisou que o PS estará “muito atento” ao processo de privatizações que o Governo tem em marcha para realizar nos processos meses. “O PS não se conforma com algumas das medidas que estão anunciadas e que se baterá contra a privatização da TAP nos termos em que foi anunciada e que estará atento [ao que o Governo pretende fazer nos transportes públicos em Lisboa e no Porto”.
Declarando que “António Costa representa a esperança para os portugueses”, Marcos Perestrello disse que o “PS está hoje preparado para responder à vontade de mudança dos portugueses” e acusou ou Governo de estar a fazer oposição à oposição, uma prática que corresponde a uma “imprópria troca de papéis”. Perestrello recuperou depois um “slogan” antigo usado pro Mário Soares para afirmar que o partido tem “noção das dificuldades”, mas save que “quanto mais a luta aquece, mais força tem o PS”.
"Unidos somos mais fortes, todos temos noção das dificuldades, mas todos também sabemos que como diz aquele velho ‘slogan’ quanto mais a luta aquece, mais força tem o PS”, afirmou Marcos Perestrello, recuperando um histórico ‘slogan’ usado pelo fundador do partido Mário Soares.
Antes, o líder da FAUL destacou as diferenças que separam o PS da direita, mas não esqueceu a esquerda à esquerda, que - disse - “tem sido incapaz de ultrapassar o sectarismo atávico”.
Marcos Perestrello não esqueceu os ex-líderes do PS, que antecederam António Costa e o congresso respondeu com uma grande salva de palmas.
Fernando Medina, vice-presidente da Câmara de Lisboa, que antecedera o líder da distrital de Lisboa, também não poupou o Executivo de Pedro Passos Coelho, afirmando que “os portugueses já desistiram deste Governo e destas políticas”. “Este Governo falhou no diagnóstico, nas políticas e nos resultados”, disse, reforçando o seu pensamento: “O país já os abandonou”. E depois recuperou uma frase proferida pelo novo secretário-geral socialista: “Se pensarmos como a direita acabaremos a governar como ela”. “Esta frase convoca-nos para uma nova atitude, para uma nova agenda”, proclamou.