Tripulantes mantêm greve na TAP e há mais protestos marcados no handling
Tentativa de acordo entre sindicato e administração fracassou. Paralisação está agendada para 30 de Novembro e 2 de Dezembro
"Refutámos, ponto a ponto, o documento apresentado pela empresa e, a partir daí, a TAP abandonou o processo de negociação. Lamentamos, sinceramente, que a companhia onde trabalhamos não nos respeite enquanto profissionais, não nos oiça, e que o seu presidente, Fernando Pinto, não tenha comparecido a nenhuma reunião deste processo de negociação. Leva-nos a crer que o objectivo era mesmo esse: não resolver nada!”, refere Luciana Passo, vice-presidente do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC), no comunicado.
Como o PÚBLICO tinha noticiado, a TAP e os tripulantes tinham iniciado um processo negocial para chegarem a um entendimento que levasse à suspensão da greve. A pouco mais de quatro dias da realização do segundo período de protestos, depois de uma primeira paralisação a 30 de Outubro e 1 de Novembro, o sindicato veio agora reafirmar que prosseguirá com os protestos.
O sindicato exige o cumprimento do acordo de empresa, bem como a reposição de alguns direitos que foram retirados aos trabalhadores pelo actual Governo, como consequência de medidas de austeridade inscritas nos orçamentos do Estado.
Os tripulantes também agendaram para 12 e 14 de Dezembro uma greve na Portugália, a companhia de aviação regional que faz parte do grupo TAP. Haverá ainda uma greve na assistência, a 1 de Dezembro, convocada pela Groundforce (detida em 49% pela TAP) e da Portway, que faz parte do grupo ANA.