Marques Mendes nega ligações ao caso dos vistos gold

Ex-líder do PSD diz que nunca auferiu "um único euro" da empresa de que se tornou sócio em 2009 e que agora surge nas investigações.

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Marques Mendes falou aos jornalistas no Funchal Pedro Cunha

“Não tenho nada, nada a ver com esse assunto”, declarou o antigo líder do PSD, explicando que quando a firma de consultoria e gestão de empresas foi fundada, em 2009, não existiam sequer vistos dourados.

“Foi uma sociedade à qual aderi com mais três pessoas depois de ter deixado a vida política activa, para dar um rumo profissional à minha vida”, acrescentou.

Marques Mendes garante que acabou por não ter qualquer actividade profissional na  JMF-Projects & Business, da qual fez também parte o ministro da Administração Interna, Miguel Macedo, além da filha do presidente do Instituto de Registos e do Notariado, que é um dos principais arguidos do caso.

“Desde 2011 que a sociedade não tem na prática qualquer actividade. Pensava até que estava desactivada”, diz Marques Mendes. “Enquanto sócio dela nunca tive uma reunião, um contacto ou uma diligência relativa aos vistos. Nada, nada, nada”.

Onze pessoas, entre elas o director do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, o presidente do Instituto dos Registos e Notariado e a secretária-geral do Ministério da Justiça, foram detidas na chamada “Operação Labirinto”, por suspeitas de corrupção na atribuição de vistos gold.

Os detidos começaram este sábado a ser ouvidos no Tribunal Central de Instrução Criminal, em Lisboa.

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