Hotelaria desacelera em Setembro apesar de acréscimo da procura internacional

O sector recebeu 1,7 milhões de hóspedes.

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Os únicos que tiveram uma evolução negativa foram os hotéis-apartamentos de cinco estrelas Paulo Pimenta

Segundo as estatísticas da Actividade Turística, divulgadas pelo INE, as dormidas do mercado interno aumentaram 10,5% em termos homólogos (1,5 milhões), abaixo dos 16,1% do mês anterior, enquanto a procura de residentes no estrangeiro progrediu 9,7%, para 3,8 milhões, acima dos 8,6% de agosto.

O sector da hotelaria recebeu 1,7 milhões de hóspedes em Setembro (um crescimento homólogo de 10,6%), com as dormidas a aumentarem em quase todas as categorias, destacando-se os hotéis (13,3%), pousadas (9,8%) e apartamentos turísticos (9,4%).

Os únicos que tiveram uma evolução negativa foram os hotéis-apartamentos de cinco estrelas (-3,3%).

Em termos de não residentes, Brasil, Bélgica e França tiveram os crescimentos mais significativos de dormidas em Setembro (18,3%, 16,1% e 15,1%), enquanto o mercado britânico, que representa mais de um quarto do total, avançou apenas 6,3%.

O Algarve foi o destino escolhido por 39,3% dos hóspedes, seguindo-se Lisboa (23,4%), Madeira (11,8%) e Norte (11,3%).

Em termos acumulados, nos primeiros nove meses de 2014, as dormidas de residentes superaram as de não residentes (13,3% e 9,4%, respectivamente), tendo em conta o acréscimo de turistas nacionais acima de 16% em alguns meses como Abril, Maio, Julho e Agosto.

Em Setembro, a estada média foi de 3,02 noites (-0,6%), tendo aumentado no Alentejo (3,7%) e em Lisboa (2,8%).

Os proveitos totais resultantes da actividade turística do alojamento tiveram um acréscimo de 13,3%, totalizando 261 milhões de euros.Os proveitos de aposento (relativos apenas às dormidas) aumentaram 14,1%, para 185,7 milhões de euros. 

Os resultados estiveram em linha com o mês de Agosto (13,8% e 13,9%, respectivamente).

O rendimento médio por quarto disponível (RevPAR) foi de 45,1 euros, o que corresponde a um aumento de 9,5% face a Setembro de 2013 (10,1% em agosto de 2014).

Em Lisboa registou-se o valor mais elevado deste indicador, 67 euros, e também o maior aumento (14,5%).