Drone americano terá morto jihadista francês na Síria
David Drugeon, especialista em explosivos, é considerado com um dos mais perigosos terroristas franceses.
David Drugeon era perito em explosivos no Khorassan, célula terrorista que opera sobre a alçada da Frente al-Nusra, braço sírio da Al-Qaeda. Era considerado como um dos jihaditas franceses mais perigosos, e um dos que proclamava querer levar a cabo ataques terroristas em território ocidental.
“Ainda estamos a avaliar o resultado dos ataques mas, segundo as primeiras indicações, os ataques atingiram o seu objectivo inicial, destruindo ou danificando gravemente vários veículos, edifícios utilizados para reuniões e preparativos de ataques terroristas, locais de fabrico de engenhos explosivos artesanais e de treino do grupo Khorassan”, disse à AFP um porta-voz do Pentágono.
O comando americano para a região (Centcom), que supervisiona a campanha de ataques aéreos no Iraque e na Síria, confirmou que foram realizados cinco ataques na noite de quarta-feira. Já nesta quinta-feira, a aviação da coligação atacou vários alvos da Frente al-Nusra na província de Idlib, no noroeste da Síria
Drugeon, 24 anos, é considerado um fabricante de bombas de muito bom nível pelos especialistas militares dos serviços secretos ocidentais. Originário de Vannes, na Bretanha, converteu-se ao islão, tal como o seu irmão mais velho. O seu nome foi evocado quando surgiram notícias, não confirmadas, sobre a morte num ataque americano de um ex-membro dos serviços secretos franceses que se tinha juntado aos jihadistas. A única coisa que o Pentágono confirmou foi que nesses ataques, de 22 de Setembro, foram “eliminados” vários membros do Khorassan. Na altura, disseram fontes militares à Fox News, Drugeon já era um alvo a abater.
David Drugeon formou-se em fabrico de explosivos no Waziristão do Norte, na região tribal do Paquistão que faz fronteira com o Afeganistão, entre 2010 e 2012. Terá sido ai que conheceu Mohammed Merah, o jihadista francês que viria a assassinar sete pessoas depois de ter regressado a França, incluindo três crianças de uma escola judaica de Toulouse, em Março de 2012.