Dentro da região Centro, é para a Universidade da Beira Interior que é destinado o maior número de bolsas (130). Seguem-se os Institutos Politécnicos de Castelo Branco (92), Guarda (81), Viseu (58) e Tomar (39). O desequilíbrio na procura entre instituições obrigou a Direcção-Geral do Ensino Superior a fazer uma redistribuição do número de apoios previstos em cada instituição. Viseu e Tomar, por exemplo, tinham 80 bolsas disponíveis cada, mas como não as conseguiram preencher, as vagas foram encaminhadas para as instituições mais concorridas.

A tutela também teve que atribuir uma vaga adicional às 1000 previstas, para resolver uma situação de desempate no Instituto Politécnico de Bragança. Os resultados finais do programa +Superior foram divulgados esta quarta-feira pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC). Além das 400 bolsas atribuídas no centro, serão ainda apoiados 301 estudantes na região Norte, a maior parte dos quais na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (128). O Politécnico de Bragança recebe 111 bolsas e o de Viana do Castelo 62.

No Alentejo, é também uma universidade a instituição mais procurada: há 128 bolsas para Évora. Os estudantes dos Politécnicos de Santarém (77), Portalegre (70) e Beja (25) também serão apoiados.

Em comunicado, o MEC “enfatiza a forte adesão” das instituições de ensino superior e dos candidatos ao programa e “volta a lembrar o contributo crucial destas instituições no desenvolvimento regional do país”, que se concretiza no inventivo à fixação de mão-de-obra qualificada, articulação entre o ensino e a economia local e inserção dos jovens no mercado de trabalho.

Foram apresentadas 1507 candidaturas ao+ Superior, das quais a DGES excluiu 137 alunos (por não estarem matriculados no ensino superior ou por terem sido colocados em instituições que não estão abrangidas pelo programa). Não foi atribuída bolsa a 362 candidatos.

Este é o primeiro ano de funcionamento do + Superior, um programa que tem como objectivo atrair candidatos para as instituições de ensino superior de regiões do país que fiquem fora dos grandes centros urbanos. A iniciativa atribui uma bolsa de mobilidade de 1500 euros anuais, estando envolvidas 12 instituições de ensino superior. A tutela já anunciou que, no próximo ano, deverá alargar a iniciativa à Universidade do Algarve.