Empresas portuguesas celebram no México acordos de mais de três mil milhões de dólares
JP Sá Couto, Efacec, Teixeira Duarte e Mota-Engil estão entre as companhias que assinaram contratos.
Quase no final da visita oficial da delegação portuguesa ao México, liderada pelo vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, e pelo ministro da Economia, António Pires de Lima, foram nesta quarta-feira assinados vários contratos e memorandos de cooperação com cinco empresas: GLN, do grupo Gestmin, Janz, JP Sá Couto, Efacec e Teixeira Duarte.
Já na segunda-feira foi a vez de a Mota-Engil anunciar o contrato que ganhou de desenvolvimento de um mega empreendimento turístico nos próximos dez anos no México, num valor de 1500 milhões de dólares (1330 milhões de euros), no âmbito da missão portuguesa a este país da América Latina.
A GLN, da Gestmin, vai investir seis milhões de dólares (cerca de 4,7 milhões de euros) na aquisição de 50% de uma fábrica mexicana, de injecção de plástico, por cinco milhões de dólares, e onde existem 250 trabalhadores.
"Hoje assinalámos a aquisição de 50% aos atuais donos, que são mexicanos. Com o investimento que vamos colocar esperamos duplicar muito rapidamente os postos de trabalho. É uma fábrica para a indústria automóvel que neste momento faz injecção de plástico e queremos também que venha a fazer assemblagem de componentes", disse Duarte Champalimaud, da Gestmin.
Na área da eficiência energética, a Janz realizou também um memorando e anunciou que irá construir uma unidade para a construção de redes e contadores inteligentes, num projecto a dez anos, cujo arranque ainda não está definido, mas representará "dezenas de milhões de euros", segundo o presidente da empresa, António Papoila.
A estas juntou-se também a construtora Teixeira Duarte, que juntamente com o Fundo de Turismo do México Fenatur assinou um acordo de cooperação para "analisar vários projectos de colaboração", de acordo com o administrador da Teixeira Duarte - Engenharia e Construções, Luís Moreira da Silva.
Um deles, afirmou uma fonte oficial do Governo, passa pelo desenvolvimento de um empreendimento turístico que, só na primeira fase, representa um investimento de 400 milhões de dólares (316 milhões de euros), mas que poderá chegar aos 1,3 mil milhões de dólares (cerca de mil milhões de euros) caso os parceiros acordem novas fases.
A JP Sá Couto, por sua vez, assinou um memorando com o grupo mexicano IUSA, do Grupo Peralta, num valor de 1,2 mil milhões de dólares (cerca de 949 milhões de euros) por quatro anos, o que significa 300 milhões de dólares (237 milhões de euros) por ano, com um investimento inicial de 15 milhões de dólares (cerca de 11,8 milhões de euros).
"Foi assinado o acordo para criar uma empresa de direito mexicano entre o grupo empresarial IUSA e a JP Sá Couto e essa nova empresa irá desenvolver os novos projetos educativos com as novas tecnologias. Vamos exportar os computadores para o mercado mexicano", disse João Paulo Sá Couto, da empresa, acrescentando que serão exportados entre um a 1,5 milhões de computadores por ano. O empresário acrescentou também que irá ter uma fábrica.
A Efacec avançará também com a IUSA para a criação de uma aliança para a cooperação industrial para o desenvolvimento da rede de alta e média tensão no México.