Lloyds aumenta lucros e anuncia nove mil despedimentos
Banco presidido por Horta Osório quer encerrar 150 agências e poupar 1200 milhões de euros em três anos.
Mas enquanto aumenta lucros, o banco quer também reduzir custos. Os planos para os próximos três anos passam por poupanças de mil milhões de libras (cerca de 1200 milhões de euros).
Na semana passada, a BBC noticiava que o grupo preparava uma série de cortes de pessoal e de encerramento de agências para fazer face à crescente utilização pelos seus clientes dos serviços bancários através da Internet e no telemóvel. Na apresentação de resultados, o banco confirmou que o despedimento de funcionários será acompanhado por um investimento de quase mil milhões de libras no melhoramento das suas plataformas digitais, noticia a BBC.
Desde 2008, o Lloyds já terá despedido mais de 40 mil pessoas. O banco, que foi parcialmente nacionalizado (actualmente 25% do capital é público) durante a crise financeira, tem actualmente duas mil agências entre as três marcas que detém: Lloyds Bank, Halifax e Bank of Scotland. Desde a crise terão encerrado cerca de 600.
O grupo anunciou que vai provisionar cerca de 900 milhões de libras (1141 milhões de euros) para cobrir eventuais prejuízos relacionados com o pagamento de indemnizações a clientes pela venda indevida de seguros de protecção de pagamento. Este processo, que dura desde 2012, já custou ao Lloyds cerca de 11 mil milhões de libras (quase 14 mil milhões de euros).
A este valor somam-se as multas de 275 milhões de euros que o banco foi condenado a pagar também este ano por outro escândalo, o de manipulação da Libor (indexante semelhante à Euribor que é usado para calcular os juros de vários produtos financeiros).
Na segunda-feira, as acções do Lloyds Banking Group já tinham estado a cair depois de a Autoridade Bancária Europeia ter revelado que o banco passou à justa nos testes de stress. Nesta terça-feira, os títulos seguiam em queda na bolsa de Londres, a perder mais de 1%. Desde o início do ano, os títulos do Lloyds já desvalorizaram quase 6%, refere a Bloomberg.