Sporting rejeita candidatura de Luís Duque para a presidência da Liga
“Leões” criticam candidatura do ex-administrador da SAD, lembrando que é alvo de acções judiciais.
“Uma candidatura [de Luís Duque] nunca poderia ser consensual, sendo personificada por alguém que é alvo de três acções de responsabilidade civil por actos de gestão danosa de um clube associado da Liga e que conta, ainda, no seu historial, com outros processos”, referem os “leões” em comunicado, criticando o “jogo de influências” que está a mover alguns clubes.
“Este é mais um triste episódio do estado a que chegou o futebol português, pelo que o anunciado hoje em nada nos surpreende – é apenas a continuação da política do vale tudo que alguns persistem em seguir e manter, impedindo a urgente e necessária regeneração do futebol nacional”, acusa o clube de Alvalade.
O nome de Luís Duque foi proposto esta segunda-feira pelo Benfica e FC Porto para liderar uma candidatura de "consenso" e acabou por ser aprovada por unanimidade pelos 27 clubes presentes num encontro realizado em Coimbra.
Comunicado na íntegra
“A Sporting SAD tem, repetidamente, tornado público que está activamente interessada na regeneração do futebol Português, tendo em devido tempo apresentado, e a quem de direito, um conjunto de propostas que, de forma transversal, se implementadas, permitiriam a melhoria do futebol nacional.
Pese as propostas apresentadas serem susceptíveis de serem discutidas e melhoradas, verifica-se que alguns clubes continuam preocupados apenas com jogos de influência, em colocar as suas peças no tabuleiro de um jogo opaco, com o qual o Sporting não se identifica, e onde não participa.
Ao contrário do que quiseram fazer crer, O Sporting não se fez representar na reunião de hoje [segunda-feira] da Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) nem justificou a sua ausência, à semelhança de outros clubes.
Os nomes vindos a publico nas últimas semanas, afectos ao universo 'leonino', como possibilidades para presidirem à LPFP, e o nome que se veio a confirmar hoje [segunda-feira], demonstram bem o estado do futebol português e o desnorte de alguns dos seus intervenientes.
Uma candidatura nunca poderia ser consensual, sendo personificada por alguém que é alvo de três acções de responsabilidade civil por actos de gestão danosa de um clube associado da Liga e que conta, ainda, no seu historial, com outros processos.
Este é mais um triste episódio do estado a que chegou o futebol português, pelo que o anunciado hoje em nada nos surpreende – é apenas a continuação da política do vale tudo que alguns persistem em seguir e manter, impedindo a urgente e necessária regeneração do futebol nacional.
E que não reste qualquer dúvida: no futuro, se a alteração estatutária for a que nos foi já apresentada, e que previa a inclusão automática no órgão de Direcção da Liga na qual não nos revíamos com o modelo de governance ao ponto de termos apresentado uma proposta alternativa, reiteramos com toda a clareza a nossa indisponibilidade para participar no órgão de direcção da Liga enquanto a verdadeira mudança estruturante que ambicionamos para o futebol Português não se iniciar.”