OGMA investe 35 milhões e emprega mais 180 pessoas

Pareceria com a Embraer trouxe estabilidade e perspectivas de negócio à empresa portuguesa quase centenária.

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A OGMA tem actualmente 1566 trabalhadores Carlos Lopes/Arquivo

Os resultados só deverão surgir a partir de 2016, com o início da produção em série do novo KC-390. Tudo depende das encomendas que a Embraer venha a conseguir, mas a administração da OGMA acredita que este projecto vai contribuir decisivamente para que a empresa continue a crescer. De acordo com a parceria estabelecida com a Embraer no final de 2011, a OGMA é responsável pelo desenvolvimento e fabrico da fuselagem central do KC-390 e dos sponsons direito e esquerdo (conjuntos em material compósito e ligas metálicas com cerca de 12 metros que compõem a carenagem do trem de aterragem). A empresa de Alverca fabrica, ainda, os lemes de profundidade.

Rodrigo Rosa, presidente da OGMA, disse ao PÚBLICO que “a manutenção continua a ser a principal área de actividade” da empresa, embora agora, com o avanço do projecto do KC-390, a área de aero-estruturas (fabrico) tenha “cada vez mais participação no volume de negócios” (20%) da empresa. A OGMA entregou, no primeiro semestre deste ano, as fuselagens para os primeiros dois KC-390, que estão em fase final de montagem no Brasil. “A produção seriada começa apenas em 2016. Temos que esperar pela homologação e certificação da aeronave para, aí sim, planear a produção seriada, que vai depender da quantidade de aeronaves que a Embraer venda”, frisou Rodrigo Rosa, explicando que as encomendas também vão determinar a eventual criação de mais postos de trabalho.

Para já, a empresa vai continuar a preparar-se para este desafio e na nave de fabrico já decorrem, também, trabalhos para acolher uma enorme rebitadora automática, que deverá ser instalada no primeiro semestre de 2015. “Hoje nós participamos no processo de desenvolvimento e de certificação do KC-390. Com a produção seriada haverá um ritmo de produção mais cadenciado e vai haver um aumento do volume de negócios”, prevê Rodrigo Rosa, que gostaria de ter mais fornecedores portugueses para este projecto, mas que admite que o mercado nacional de fabrico de componentes para a aeronáutica pouco tem evoluído nos últimos anos, obrigando a importar parte significativa dos materiais.

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