Bispos reunidos em Roma elogiam "amor conjugal, único e indissolúvel"

Relatório final desta primeira fase do Sínodo sobre a Família é votado esta tarde.

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AFP/TIZIANA FABI

Na conferência de imprensa desta manhã, o cardeal Gianfranco Ravasi remeteu para o Papa a decisão de divulgar ou não o documento que constituirá a base de trabalho preparatória da próxima assembleia sinodal, marcada para de 4 a 25 de Outubro de 2015. Seja como for, quaisquer mudanças na disciplina da Igreja relativamente ao acesso aos sacramentos por parte dos divorciados e recasados, por exemplo, só deverão ser conhecidas após a publicação de uma exortação pós-sinodal que, provavelmente, não surgirá antes de 2016.

A decisão final caberá assim ao Papa Francisco. De toda a maneira, o relatório preliminar divulgado na segunda-feira, e que viria depois a ser fortemente contestado pelo sector mais conservador da Igreja, apontava para uma muito maior abertura, na medida em que reconhecia, por exemplo, que os homossexuais têm “dons e qualidades para oferecer à comunidade cristã”. Nos trabalhos que se seguiram, os bispos reuniram-se em pequenos grupos, os chamados circoli minori, para elaborar um conjunto de sugestões de emenda e alteração do texto final e cujos relatórios apontavam, de uma maneira geral, para uma linguagem um pouco mais contida.  

Na mensagem final deixada esta manhã, pouco se adiantou sobre o teor do documento final, mas sempre se foi adiantando que a Igreja deve ser "uma casa de portas abertas" para todos. Entre elogios ao "amor conjugal, único e indissolúvel", os bispos referem-se à discussão sobre o acompanhamento pastoral e o acesso aos sacramentos dos recasados, sem, contudo, adiantarem sobre quaisquer conclusões.

Neste domingo, os bispos reunidos em Roma vão participar na cerimónia de beatificação do Papa Paulo VI.

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